sexta-feira, 6 de junho de 2008

A grande FINAL do Euro 2008 online aqui (Em Alta Definição - in High Definition)


(Pedimos desculpas por eventuais falhas nas transmissões dos jogos, às quais somos completamente alheios - We ask for excuses for eventual imperfections in the transmissions of the games, which are completely other people's)

Vê a grande Final do Euro 2008 em DIRECTO e de BORLA neste blog!! (Watch LIVE and FREE the Euro 2008's FINAL - online - in this blog)!!

Calendário dos jogos do Europeu (FINAL):

Alemanha - Espanha, 29 de Junho às 19.45

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Pinto da Costa falou na SIC

O Presidente disse que já esperavam este veredicto da UEFA, baseado no fax trapalhão (e se calhar mais qualquer coisa...) do Sr Leal, mais tarde contrariado pelo próprio organismo a que pertence, o CJ da FPF.

Ou seja, a próxima decisão do Comité de Apelo já será baseada no facto de o FCP ter na realidade recorrido. Como diz o Presidente, acabaram-se as opiniões e as acções de assistentes e amadores, e guerras de clubes. Agora é a sério, com pareceres jurídicos.

A estratégia de recurso é centrada no Presidente, cuja ilibação levará necessariamente à ilibação do FC Porto. Lamentável as várias insistências do «pivot» de serviço, que bombardeou o Presidente com as perguntas fabricadas durante a semana «mas não acha que não ter recorrido é assumir culpa?». Bem sei que foram os próprios «média» a tirar estas doutas conclusões, bombardeando de seguida milhões de sequiosos por sangue azul-e-branco. Mas não exagerem, que diabo!

Também foi dito que a estratégia de não recorrer tinha a ver com o facto de, nessa situação, a decisão poder demorar meses, transitando para o ano seguinte a tal penalização de 6 pontos.

Bem que lemos e ouvimos promessas várias que todo o tipo de recursos seriam analisados rapidamente, mas pelos vistos o FCP não foi na conversa. O facto de o clube ter já vasta experiência em lidar com este tipo de "julgamentos imparciais e rápidos", é capaz de ter alguma coisa a ver com isso...

Por outro lado, o Presidente da FPF diz estar surpreendido com a decisão da UEFA, dando a entender que há dualidade de critérios perante outras situações do género. De facto, nesta altura é inevitável a comparação com a Juventus. Também por isso, este processo está condenado a ser arquivado. Não tenhas dúvidas que o nosso clube jogará bem esse trunfo. Como duvido que a UEFA queira "queimar-se" com italianos, desconfio que isto vai ser resolvido bem depressa. Até o Platini dá uma ajudinha para não se lembrarem da «sua» Juventus!

Continuando na FPF...como é possível que este Sr Leal actue por iniciativa própria (?), sem avisar o clube visado, como afirmou Pinto da Costa. Mesmo corrigindo a sua posição, a Federação não sai lá muito bem na fotografia. O Presidente já deu a entender que este senhor poderá ser responsabilizado.

Mas vamos ao que realmente interessa: será que estão a chegar os «KO» jurídicos?

É que já merecíamos entrar de férias, depois de uma temporada onde conquistamos mais um título. Vamos aguardar...

Fonte: www.fcporto.ws

Pedro Tadeu (24 Horas): Descarada injustiça

O jornal que dirijo, o 24horas, não tem relações institucionais com o FC Porto há já cinco anos. Isto quer dizer que, desde essa altura, ninguém do FC Porto presta declarações ao 24horas nem nenhum jornalista do 24horas é autorizado a entrar nas iniciativas públicas do clube, excepto naquelas em que o exercício do direito de acesso à informação regulamentado em Lei coloca os dirigentes dos dragões na posição de ter de aturar os "incómodos" jornalistas do 24horas. Isto, por um lado, nunca nos impediu de ter um noticiário rico e actualizado sobre o FC Porto e, por outro lado, garante aos leitores do 24horas que o jornal não deve qualquer favor ao FC Porto.

Com este pressuposto passo a expressar aqui a minha profunda indignação face às manifestações de alegria que gente com cargos de responsabilidade neste país, mas cega pelo vírus da clubite, seja no mundo do futebol, seja no mundo dos jornais, manifesta, com maior ou menor evidência, com a punição que a UEFA decidiu aplicar ao FC Porto. Como portugueses, não prestam.

Declaro também a minha indignação pelo que me parece ser um óbvio critério discriminatório dos dirigentes da UEFA. Quando aconteceu o escândalo de corrupção do futebol italiano, em 2006, o AC Milan foi punido em Itália com perda de pontos mas disputou a Liga dos Campeões. Na altura, os senhores da UEFA arranjaram a desculpa de que não havia um regulamento que permitisse a expulsão do AC Milan, coisa que até parece anedota. Esse regulamento foi entretanto criado e agora o FC Porto, numa situação semelhante, é punido por acontecimentos ocorridos em 2004, antes ainda do escândalo italiano. Pensam os juristas da UEFA que esse regulamento novo pode ter um efeito retroactivo o que é bizarro. Mas o mais grave é que, na prática, essa bizarria aplica-se ao FC Porto mas não se aplica ao AC Milan. Isto, para o senso comum, significa que a UEFA teve dois pesos e duas medidas, que favoreceu os italianos e prejudicou os portugueses. Isto é dizer que a Justiça não é cega. Isto é, objectiva e factualmente, uma descarada injustiça.

Em todo este longo processo, que começou no chamado "Apito Dourado", os dirigentes dos clubes portaram-se mal, os árbitros portaram-se mal, os magistrados e investigadores da PJ portaram-se mal, os jornalistas portaram-se mal, os dirigentes da Liga e da Federação portaram-se mal, os órgãos de Justiça do futebol português portaram-se mal. Agora, a UEFA, portou-se mal. Está certo.

Fonte: 24 Horas

Estreia da Semana - Sexo e a Cidade

Realização: Michael Patrick King
Com: Sarah Jessica Parker, Kim Cattrall, Cynthia Nixon e Chris Noth
Site português: Sex and the City: The Movie
Classificação: 4.8/10 (IMDB)



Outras Estreias:

- Aritmética Emocional
- Os Reis da Rua
- Um Homem Perdido

A partir de 5 de Junho num cinema perto de ti!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

UEFA - Decisão em 1ª instância deixa o FC Porto de fora

No seguimento da condenação da Liga de Clubes, respeitante a 2 actos de tentativa de corrupção, e depois de a FPF entregar a lista de equipas elegíveis para participarem nas competições europeias, encabeçada - naturalmente - pelo FC Porto, a UEFA decidiu, em 1ª instância, não autorizar a inscrição do FC Porto na edição da Champions League deste ano, baseada na deliberação da Liga de Clubes e em regulamentos da UEFA sobre clubes envolvidos neste tipo de situações.

Os Dragões irão agora apelar recorrer para o Comité de Apelo da UEFA. Isso deverá acontecer até ao final da semana. Depois, este comité terá 6 dias para comunicar uma decisão, após análise do recurso. O FC Porto ainda poderá apelar ao Tribunal Arbitral do Desporto. Entretanto, em Portugal, o CJ da Federação também terá de se pronunciar sobre o recurso apresentado por Pinto da Costa, envolvendo não só a condenação que lhe foi dirigida, bem como a do clube.

Aguardemos pela intervenção que o Presidente do FC Porto fará na SIC, pelas 20h00. Entretanto, disponibilizamos a última crónica (no artigo em baixo) de Miguel Sousa Tavares, que ilustra bem a forma escabrosa como todos este processo se tem desenvolvido.

Imagem: Algo que preferia nunca ter visto na minha vida. Está na altura de começar a luta. A verdadeira luta, fora do campo, começa AGORA!

("FC Porto excluído da Liga dos Campeões")

Como forma de protesto, em vez de porem bandeiras de Portugal na varanda, ponham bandeiras do grandioso Futebol Clube do Porto (eu já pus a minha)!

Fonte: www.fcporto.ws

Miguel Sousa Tavares: A Conspiração contra o Campeão

A CONSPIRAÇÃO CONTRA O CAMPEÃO(I)

1- Com a entrada do século XXI, a direcção do Benfica tomou a decisão estratégica de lançar mão de todos os meios para impedir que a hegemonia do FC Porto, que se tinha afirmado com clareza nas duas décadas anteriores, se continuasse a prolongar. Por razões várias, mas essencialmente por falta de capacidade de gestão desportiva e falta de paciência para aguardar os resultados de uma mudança paulatina de atitude, o Benfica percebeu que tão cedo não conseguiria derrotar em campo o FC Porto e havia então que tentá-lo por outros meios.

A primeira medida estratégica foi a tomada de poder na Liga de Clubes, que Luis Filipe Vieira afirmou ser mais importante do que a formação de uma boa equipa de futebol. Para tal, Viera aliou-se a Valentim Loureiro, o verdadeiro dono do tão criticado «sistema» e então de más relações com Pinto da Costa. Juntos passaram a dominar a Direcção da Liga, a Comissão Disciplinar e a Comissão de Arbitragem. Muito embora o FC Porto tenha logo começado a sentir as consequências dessa aliança (foi a época em que só os jogadores do FC Porto é que tinham cotovelos e só a eles se aplicavam os célebres «sumaríssimos»), a verdade é que ela, por si só, não chegou para fazer ajoelhar os portistas. De positivo, para o Benfica, ficou a conquista do campeonato de 2004/05 - aquele que, nos últimos trinta anos, mais se deveu a favores de arbitragem.

A seguir veio a associação do Benfica com o poder político. Primeiro, descobrindo-se que o clube vivia à margem do cumprimento das obrigações fiscais que outros cumpriam e beneciando da complacência da comissão governamental encarregada de fiscalizar as contas dos clubes e que se «esqueceu» de fiscalizar o Benfica. A seguir veio a tremenda ajuda financeira dada pelo então presidente da Câmara de Lisboa, Santana Lopes, para a construção do novo Estádio da Luz. Enquanto a comunicação social se distraía a noticiar ninharias denunciadas por Rui Rio no Dragão, milhões e milhões eram dados ao Benfica de mão beijada, sem escândalo algum. E, para que não restassem dúvidas da dívida de gratidão contraída, viu-se a Direcção do Benfica, levada por Santana Lopes, a comparecer a um jantar de propaganda eleitoral do PSD durante a campanha legislativa de 2004, na mais descarada manifestação da tão falada promiscuidade entre o futebol e a politica alguma vez vista.

Mesmo assim, não chegou. Havia que fazer mais e foi então que surgiu o «Apito Dourado».

2- Diz o povo que o que nasce torto nunca se endireita e o «Apito Dourado» nasceu torto desde o princípio. Ao escolher colocar sob escuta apenas os telefones de Valentim Loureiro e Pinto da Costa, os investigadores mostraram desde logo ao que vinham e o que visavam com o seu método de «pesca de arrasto». Cabe perguntar, de facto, quem determinou e com que razões que uma investigação ao futebol português apenas se deveria concentar no FC Porto e no Boavista?

O mais eloquente telefonema de todas as escutas talvez seja aquele em que o presidente do Benfica tem o azar de ser gravado quando telefona para Valentim Loureiro. Aí se torna evidente o grau de cumplicidade entre ambos e a forma tranquila como discutem que árbitro convém ao Benfica para um jogo com o Belenenses. Mas esse processo foi devidamente arquivado, por se entender que não tinha interesse- mesmo em relação à enigmática frase de Luís Filipe Vieira para o major: «Como sabe, tenho outras maneiras de resolver o assunto.»

3- As escutas a Valentim concluíram que ele pressionava os árbitros dos jogos com o Gondomar- peixe mais do que míúdo- e que tentou pressionar árbitros em três jogos do Boavista, nos quais, para azar dos investigadores, o Boavista perdeu dois e empatou um.

Pior sorte tiveram ainda as escutas a Pinto da Costa. Dois anos de telefonemas interceptados concluíram que a equipa de arbitragem de um FC Porto-Estrela da Amadora, chefiada por Jacinto Paixão, pediu umas «meninas» a um intermediário que fez chegar o pedido ao presidente do FC Porto e terá obtido a anuência deste. E que o árbitro Augusto Duarte, na véspera de apitar um Beira-Mar-FC Porto, apareceu, na companhia de um empresário ligado aos portistas, em casa de Pinto da Costa, para tomar um «cafézinho». Mas, azar dos investigadores: os factos reportam-se à época de 2003/04, aquela em que o FC Porto treinado por Mourinho passeou uma tão ampla superioridade, que foi campeão nacional com doze pontos de avanço e campeão europeu; ambos os jogos foram já na parte final do campeonato e nenhum deles influia na classificação de qualquer das equipas envolvidas; e, finalmente, os «experts» consultados não conseguiram ver qualquer influência da arbitragem nos dois jogos, um ganho, outro empatado pelo FC Porto. Faltava assim um elemento jurídico essencial no direito punitivo e que tanto irritou alguns comentadores justiçeiros: o tal nexo de causalidade. Para haver corrupção tem de haver um resultado obtido com essa corrupção. Não havendo resultado, o que fazer? A Comissão Disciplinar da Liga, no seu recente e tão auto-elogiado acórdão, resolveria a questão pelo mal menor: tentativa de corrupção. Uma original tentativa de corrupção, em que é o corrompido que toma a iniciativa de abordar o corruptor.

4- Estava, pois, o apito encravado, para grande desespero da nação, quando entra em cena Carolina Salgado. Três anos antes, ela tinha estado na Luz, entre os Super-Dragões, com um cartaz mal-criado e provocatório que dizia «Ó Orelhas, estou aqui!». Fora de si, Luís Filipe Vieira protagonizaria no final uma insólita conferência de imprensa sobre a vida privada de Pinto da Costa, acusando-o de viver com uma usurpadora no lugar da mulher «legítima». Mas a vida é, sem dúvida, um espectáculo imprevisto e por vezes irónico: a «legítima»de Pinto da Costa, que Vieira protegia, passou a divorciada e voltou a ser «legítima», e a «usurpadora» passou da benção papal a proscrita e desaguou. nos braços do homem a quem chamara«Orelhas».

O presidente do Benfica chegou a participar em reuniões em hotéis com Carolina Salgado e os investigadores da PJ. Arranjaram-lhe quem lhe escrevesse um livro, quem do livro fizesse filme, e asseguraram-lhe meios de rendimento para que ela contasse «tudo o que sabia» ou que dizia saber. Mais tarde, com Maria José Morgado, passou a ser tratada como o tesouro mais precioso, acompanhada, dia e noite, por seguranças a soldo dos contribuintes, para assim se dar também a ideia de que é uma testemunha incómoda e ameaçada. E, graças a ela, o Apito Dourado ganhou um novo fôlego que já parecia perdido. Os processos arquivados por falta de provas ou de consistência foram reabertos, gastaram-se mais uns milhares ou milhões de euros em investigação e animaram-se as hostes justiçeiras.

5- Mas, de novo, verdadeiramente novo, não se apurou mais nada. Era exactamente o mesmo, os mesmo jogos, as mesmas meninas, o mesmo cafézinho. Apenas Carolina Salgado acrescentou dois dados novos: que Pinto da Costa terá recorrido aos seus serviços (!?) para tentar matar (!?) Ricardo Bexiga, vereador da oposição na Cãmara de Gondomar, e que, durante a tal cena do cafézinho, terá passado um envelope com 500 contos em moeda antiga ao árbitro Augusto Duarte. Tudo está pois, dependente, da credibilidade da testemunha Carolina Salgado. A qual, salvo melhor opinião, vale zero: pelo seu curriculum, pelas suas evidentes motivações e pelas suas contradições.

A conspiração contra o campeão (II)

6- A mais extraordinária acusação a Pinto da Costa constante do «livro» de Carolina Salgado era a de que ele lhe teria comanditado a execução do dr. Ricardo Bexiga, vereador da oposição na Câmara de Gondomar, a qual ela teria tentado levar a cabo em colaboração com alguns marginais das suas relações. Extraordinária, porque primeiro era preciso acreditar que Pinto da Costa seria capaz de encomendar a morte de alguém; depois, que se preocupasse em fazê-lo por solidariedade política ou pessoal para com Valentim Loureiro, a quem Ricardo Bexiga fazia frente em Gondomar - e logo na altura em que os dois dirigentes desportivos estavam de relações frias; e, enfim, porque quem lhe escreveu o texto não reparou que, com essa «revelação», ela se incriminava a si própria numa tentativa de homicídio. O Ministério Público resolveu não acreditar na história e arquivou sumariamente o assunto, até porque as contradições em que ela caíra (como a de contar que destruíra previamente as câmaras de vigilância do parque de estacionamento onde a agressão teve lugar e que, afinal, nunca existiram), revelaram que a senhora estava, pura e simplesmente, a inventar. O problema é a dualidade de critério: quando se incrimina a si própria, a testemunha Carolina Salgado não merece credibilidade alguma ao MP; quando incrimina Pinto da Costa, já merece toda.

7- O outro «testemunho» relevante de Carolina Salgado, e que, por si só, justificou a reabertura dos processos criminais arquivados e a punição da CD da Liga, foi a de que durante a cena do «cafezinho», Pinto da Costa teria passado um envelope com 500 contos ao árbitro Augusto Duarte - e este teria aceite. Aqui, é preciso acreditar em duas coisas: que o presidente do FC Porto acharia necessário comprar um árbitro para um jogo que já nada interessava (dirão que foi por serviços passados, mas acontece que, nessa época, Augusto Duarte não apitara ainda nenhum jogo do FC Porto: azar, outra vez.); depois, é preciso acreditar que Pinto da Costa, apesar da irresponsabilidade com que misturou a sua vida pessoal com a vida do clube, seria suficientemente estúpido para corromper árbitros diante da namorada conhecida no «Calor da Noite». Mas a dr.ª Maria José Morgado acreditou e o dr. Ricardo Costa também. Resta uma perplexidade jurídica: já vimos que faltava o nexo de causalidade para dar como provada a corrupção; mas resolver o problema através da esperteza da «tentativa de corrupção» é que não se percebe: se ele deu 500 contos ao árbitro e este os aceitou, porquê apenas a tentativa?

8- Agora, perguntar-me-ão: e as «meninas» para a equipa de Jacinto Paixão - não acredito também que Pinto da Costa tenha dado ordem para aceder ao pedido? Acredito, sim senhor: acredito nisso, não acredito na explicação que ele deu para a etimologia da palavra «fruta». Então se acredito, não acho que seja um caso de corrupção? Não, não acho. Primeiro, porque não havia necessidade alguma; segundo, porque era prática instalada e corrente.

Se para alguma coisa tem servido o julgamento de Gondomar é para demonstrar que, mesmo ao nível de uma terceira divisão, está instalada a tradição de o clube da casa presentear os árbitros com «lembranças». E as «lembranças», que começam por ser peças simples de ouro e refeições de borla nos restaurantes locais, vão subindo de importância à medida que sobe a importância e riqueza dos clubes anfitriões. Nos processos disciplinares instaurados a árbitros pela FPF e decorrentes das investigações do Apito Dourado, os acusados, segundo relatava o JN de 19.03.08, têm-se defendido com o que o ex-árbitro Jorge Coroado (um dos «peritos» usados pela justiça) revela a propósito no seu livro O último cartão: está lá tudo contado, incluindo os presentes que lhe davam e as «meninas» que lhe ofereceram num jogo internacional. E os jornalistas desportivos de Lisboa sabem muito bem quais são os cabarets da cidade onde era possível encontrar árbitros em companhia de «assessores» dos clubes da capital (normalmente, ex-árbitros), e o que lá estavam eles a fazer. Deixem-se, pois, de hipocrisias: se aquilo foi uma tentativa de corrupção, só não são todos arguidos porque o Apito Dourado resolveu escolher apenas dois alvos para investigação.

9- Acontece que, à excepção de uma breve aparição no julgamento de Gondomar - onde foi facilmente trucidada pelos advogados dos réus - Carolina Salgado nunca foi contraditada com a defesa do FC Porto. Protegida e, supõe-se, exaustivamente «trabalhada» pelo MP, nunca teve de se confrontar com perguntas incómodas num tribunal. E, embora as suas declarações ao MP tenham sido consideradas decisivas, nem sequer foi ouvida, menos ainda contraditada, pela CD da Liga, antes de condenar o FC Porto.

Apesar de, em minha opinião, o FC Porto ter sido sempre mal defendido em todo este processo - jurídica e mediaticamente - não é preciso ser adivinho para prever que uma investigação criminal que basicamente repousa só no testemunho de Carolina Salgado, está condenada ao absoluto fracasso no dia que chegar a julgamento. O Benfica não anda a dormir e também o percebeu. Daí que, ao longo de toda esta época, a sua estratégia se tenha desviado das imensas expectativas alimentadas com a nomeação do «dream team» da dr.ª Maria José Morgado para as expectativas da justiça desportiva. Passou a exigir que o CD da Liga se antecipasse aos tribunais e se encarregasse do julgamento, condenação e pena.

10- E o CD fez-lhe a vontade. Aliás, segundo o seu presidente, já em Janeiro eles estavam prontos a decidir o que decidiram em Maio - antes mesmo de deduzirem acusação e estudarem a defesa. Só que havia prazos a cumprir e os prazos baralharam tudo: quando o CD decidiu tirar seis pontos ao FC Porto, já o Benfica estava a vinte de distância e de nada lhe servia a «justiça».

11- Criou-se então a expectativa - devidamente alimentada pelos jornalistas engajados - de que o FC Porto não resistisse à tentação de recorrer da condenação do CD. Isso, mais a conjugação dos prazos do recurso, permitiria que eventual confirmação da pena remetesse o seu cumprimento para a época que vem e, assim, o FC Porto iniciaria a época com menos seis pontos que o «Glorioso». Sempre era alguma coisa.

Creio que eu e Rui Moreira fomos os únicos portistas a defender que, mesmo assim, o FC Porto deveria ter recorrido. Porque, mesmo quando o combate é desigual e o jogo está viciado, há alturas em que se deve ir a jogo, justamente para mostrar a diferença de carácter. Assim não o entendeu a direcção do FC Porto e logo lhe saltaram em cima os benfiquistas do jornalismo a concluir hipocritamente que, se o clube não tinha recorrido, era porque reconhecia a culpa. Olha que chicos-espertos!

12- Todavia, o Benfica mostrou que tinha a jogada muito bem arquitectada e pronta a ser executada. Assim que se soube que o FC Porto não recorrera, o Benfica passou ao plano B: queixinhas à FPF, para que as reencaminhasse à UEFA, a fim de excluir os portistas da Liga dos Campeões, em benefício do «glorioso» 4.º lugar dos encarnados. E também a FPF lhe fez a vontade: a forma como notifica a UEFA de que «ficou provado que o FC Porto cometeu infracção disciplinar muito grave - corrupção da equipa de arbitragem» (só muito mais à frente esclarecendo que foi «sob forma tentada» e nunca esclarecendo que, sobre os mesmo factos, existe um recurso pendente) - é absolutamente esclarecedora do fim pretendido.

13- Mas a verdade é que, aparentemente, este cenário não foi previsto pela, mais uma vez passiva, defesa do FC Porto. Juridicamente, uma hipotética decisão da UEFA, hoje, que venha de encontro à escabrosa pretensão benfiquista seria uma aberração e um abuso. Qualquer ignorante de Direito sabe que não há retroactividade da lei penal e que a tentativa de chamar a isto, não uma sanção, mas uma condição de inscrição ou coisa que o valha, não passa de um exercício de desonestidade intelectual.

Se a lei da UEFA de 2007 se pudesse aplicar a factos passados, o Milan não teria podido disputar a edição deste ano da Liga dos Campeões e a Juventus não poderia disputar a do ano que vem. O problema está em que todos sabem que as decisões da UEFA são jurídicas nuns casos e politicas noutros - e foi nisso que o Benfica apostou. O FC Porto reúne as condições ideais para uma decisão politica e servida como «exemplo»: é um grande clube em termos desportivos, um histórico da Liga dos Campeões, vencedor da prova há apenas quatro anos - mas é também representante de um país pequeno e de direitos comerciais de menor importância face aos tubarões da Europa. O alvo ideal.

14- Seja qual for a decisão da UEFA, o Apito Dourado está condenado à morte. Fez-se tudo o que se pôde, com um objectivo predeterminado e um alvo prefixado. E o resultado envergonha os seus promotores. Quando toda a poeira assentar, ficará para a história apenas como mais um momento em que a inveja dos medíocres ditou a sua lei. É, em grande parte, a história de Portugal.

Vídeo da Semana

Um Urso Tripeiro numa Ilha Deserta

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Calendário de Junho da Revista J



Érica Aguilar no Calendário de Junho (o Verão está a chegar...)!
NOTA: Para veres o calendário no tamanho original, apenas tens de clicar na imagem.
Fonte: Revista J aos domingos com o jornal O JOGO

domingo, 1 de junho de 2008

BOICOTE À GALP, BP E REPSOL - Vamos fazer a diferença nos dias 1,2 e 3 de Junho

Como português que sou sinto que não posso continuar sem fazer nada!

Foi me passada esta mensagem!!!
Vamos fazer a diferença!
Isto tem que começar por algum lado!
Vamos passar a palavra e não ser indiferentes, temos que fazer com que as coisas mudem!

A subida vertiginosa do preços dos combustíveis tem que parar e temos que fazer com que baixem!

Para tal vamos combinar três dias nacionais seguidos de NÃO ABASTECIMENTO NA BP, GALP E REPSOL!Esses dias serão o 1 -2 -3 de Junho que vem!

VAMOS FAZER A DIFERENÇA!

Nesses dias abasteçam em outros postos de combustível tais como a Esso, Total, Continente (antigo Carrefour) e Eleclerc!

Juntos teremos força para baixar os lucros destes gigantes! Agora é só passar a palavra com urgência!

Estou farto de ser levado na hora de pagar! CHEGA! SEJAMOS UNIDOS PORTUGUESES E TODOS OS QUE TENTAM SOBREVIVER EM PORTUGAL!NÃO SE ESQUEÇAM!

PARA O EFEITO SER AINDA MAIOR, NÃO ABASTEÇAM DURANTE MAIS TEMPO NESSES POSTOS DE COMBUSTÍVEL (GALP, BP e REPSOL)!!

PS: Aqui encontram os postos de abastecimento:

http://www.maisgasolina.com/

Fonte: Jardim Digital