quarta-feira, 29 de abril de 2009

FC Porto é o clube preferido das crianças

Mais uma vez a conclusão inevitável: sinais dos tempos.

O Jornal de Negócios divulgou um estudo, mais um, que revela as preferências dos jovens pelo FC Porto, quando se trata de escolher um clube de futebol.

Segundo este jornal, A Vodafone é a marca escolhida para o telemóvel, o FC Porto é o clube desportivo preferido, Hannah Montana, Panda Kung Fu e Cristiano Ronaldo são as personagens predilectas. TVI, Canal Panda e Disney Channel são os canais de televisão que mais gostam de ver.

Se porventura já estranhou a frequência com que é brindado em horário nobre (telejornal) com as repetidas visitas de Rui Costa e de jogadores do SLB às escolinhas da vizinhança, saiba que isso tem uma explicação. Eles sabem bem da tendência expressa por este nosso artigo. Estão desesperados.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Crónica do Miguel Sousa Tavares (28/04/09)

Crónica de um crime anunciado

O próximo jogador do FC Porto a ser posto fora de combate vai ser o Lisandro López. Porquê? Ora, basta ter visto o FC Porto-Vitória de Setúbal de anteontem para o perceber: porque ele é, neste momento, o mais influente e decisivo jogador da equipa e porque, na ausência do Hulk — já devidamente arrumado — transformou-se agora no alvo a abater pelos defesas contrários. Como, ao contrário de comentadores de outras áreas clubísticas, não tenho uma visão sistematicamente conspirativa do que acontece no nosso campeonato, não digo nem penso que a pancadaria que o Hulk foi levando até ser posto fora do campeonato e a que o Lisandro já começou a levar seja um serviço encomendado. Mas o que sei é que faltam quatro jogos e, sem o Lucho, o Hulk e o Lisandro, os quatro pontos de vantagem do FC Porto sobre o Sporting parecem curtos e o campeonato pode ficar reaberto. E, pese à boa imprensa que alguns deles têm, eu — e as bancadas do Dragão — sabemos bem que aquele é o pior banco de suplentes de que há memória: Stepanov, Tomás Costa, Andrés Madrid, Guárin, Mariano, Fárias, todos juntos não valem um jogador médio. Por isso, e apesar de o FC Porto entrar agora num ritmo de competição em pé de igualdade com Benfica e Sporting, a coisa já esteve mais desanuviada.
Bem pode o Paulo Bento fazer-se de desentendido e dizer a aleivosia de que os árbitros não têm de estar mais atentos a que um grande jogador possa jogar do que um jogador banal (como se alguém se preocupasse em arrumar um mau jogador…). A verdade é que, se em lugar do Hulk, tem sido o Liedson a ser arrumado pelo Ney, a esta hora já ninguém suportava ouvir o Paulo Bento. Porque, como ainda este fim-de-semana se viu contra o Estrela, não fosse o génio do Liedson, e o Paulo Bento estava a ver o título e a Liga dos Campeões por um canudo. Assim, confortado pelo facto de o Liedson, apesar de também decisivo, não ter sofrido uma única falta durante o jogo (assim como o Ney, não cometeu uma única falta…), confortado com três pontos muito pouco justificados no futebol apresentado, Paulo Bento lá se permitiu mais uma das suas cenas de histeria contra todos e contra o mundo em geral, porque o árbitro (bem ou mal, nunca percebi se há regra ou não), deixou que o Estrela cobrasse um livre sem apitar e da cobrança do livre — graças ao desatino do Rui Patrício e dos centrais — o Sporting esteve à beira de ver fugir dois pontos ao minuto 90. E o Paulo Bento lá saíu do campo, como é seu hábito, a esbracejar, a invectivar o juiz-de-linha e sem sequer olhar o treinador adversário enquanto o cumprimentava, a ver se assim disfarçava o constrangente facto de o Sporting ter acabado um jogo em Alvalade e contra os «amadores» do Estrela, enfiado na sua grande área, a defender de pontapé para a frente, a magra vantagem conseguida pelo talento de Liedson.

Aconteceu, aliás, em Alvalade, uma das melhores arbitragens a que já assisti neste campeonato, sem a menor razão de queixa, de parte a parte. Mas o público de Alvalade assobiou, de princípio a fim e como é seu hábito, todas e cada uma das decisões do árbitro contra o Sporting, e acabou a gritar «gatuno»por causa do tal livre que lançou o pânico na defesa do Sporting e nas bancadas do estádio. Como alguém escreveu há dias, o único árbitro que eles não contestariam era o próprio Paulo Bento. Não sei se é assim que esperam ganhar campeonatos, mas é assim que esperam ganhar a lenda: mentir, tantas e tantas vezes, até que se crie a ideia de que a mentira é verdade. Não inventaram nada.

Entretanto, o que eu sei é que uma comunicação social que foi capaz de passar uma semana a discutir como escândalo do mês a mão do Raul Meireles em Coimbra (numa vitória, todavia, dilatada e de mérito indiscutível do Porto), passou, como facto menor, sobre a maneira científica como o tal Ney mandou o Hulk para os balneários, no jogo da Taça, na Amadora, a meio da semana. E se houve crime anunciado foi este! Há meses que se percebia que o desfecho teria de ser assim: à medida que Hulk foi crescendo e explodindo, de jogo para jogo, à medida que a sua velocidade e o seu poder fisico começaram a encaixar na qualidade técnica, fazendo dele o «caso» do campeonato, tornou-se cada vez mais evidente que a fórmula pré-estabelecida de o travar era à pancada. E ele foi aguentando, aguentando, caindo e levantando-se, até chegarmos ao vergonhoso espectáculo de Guimarães, sobre o qual aqui escrevi então. Em Guimarães, logo ao minuto primeiro, o Hulk arrancou, deixou um, dois, três adversários para trás e, quando ia a isolar-se na área para o golo, levou uma trancada tamanha, que não era apenas para travar a jogada, era para intimidar e deixar marcas. Como era o minuto um, o árbitro nada fez, senão assinalar a falta. E os jogadores do Guimarães, claro, perceberam a mensagem: é fartar vilanagem! Seguiu-se uma autêntica, desenfreada e impune caça ao homem, até que Jesualdo Ferreira percebeu que mais valia tirar o desgraçado do Hulk do jogo do que perdê-lo para o resto do campeonato. Mas apenas adiou a sentença quinze dias: na Amadora, repetiu-se o processo desde o princípio e bastaram dez minutos para que a época estivesse acabada para um dos melhores, se não o melhor jogador deste campeonato. E o árbitro, uma vez mais, magnânimo: nem vermelho, como se impunha, nem sequer amarelo — apenas uma ligeira advertência ao jogador, do tipo «é pá, não dês muitas mais dessas, se não tenho de te mostrar um cartão e eu detesto isso».

E este fim-de-semana, lá estava o árbitro em actividade e o Ney a jogar em Alvalade e a portar-se como um cordeirinho. Só o Hulk é que, azar, só volta para o ano! Já vi este filme há dois anos, no Dragão, quando o Katsouranis teve uma entrada assassina sobre o Anderson, partiu-lhe a tíbia e o peróneo, rompeu-lhe os ligamentos do joelho, arrumou com ele seis meses, e o inefável Lucílio Baptista assistiu a tudo a dois metros de distância e achou que aquilo não valia nem um amarelo. E a seguir foi o Lisandro e a história repetiu-se, tal qual. Mas, desde que os «azarados» sejam jogadores do FC Porto, a quem é que isso incomoda? Preferem é continuar a alimentar a lenda de que jogador violento só há o Bruno Alves. Pois, mas o Bruno Alves fez agora quatro jogos de seguida na Liga dos Campeões sem cometer uma única falta e, não sei porquê, está na lista de compras dos principais clubes europeus, à frente de qualquer outro jogador português (deve ser por ser violento…).

Já aqui elogiei o Paulo Bento, como treinador, e, por isso estou à vontade para dizer que as suas declarações a propósito da lesão do Hulk foram lamentáveis. Lamento que alguém que faz carreira no futebol e que foi jogador muitos anos, quando, confrontado com a lesão do Hulk, em lugar de se fazer de desentendido e aproveitar para, mais uma vez, investir contra moinhos de vento, não tenha tido o fair-play de dizer isto. «É uma vantagem para nós, que não desejávamos. Um dos melhores jogadores do campeonato foi afastado por uma entrada de um adversário, que não é admíssivel. Se tivesse sido com um jogador meu, eu estaria justamente indignado». Mas parece, infelizmente, que esse espírito é demais para certos espíritos. E depois queixam-se os sportinguistas de que não há público em Alvalade nem militância no clube. E, se amanhã partirem uma perna ao Liedson, ainda haverá menos. Mas, olhem, no Dragão há público. Mesmo que a gente saiba que, por cada um que é abatido em combate, não há , nesta equipa, nenhum suplente minimamente capaz de lhe tomar o lugar.

Fonte: abola

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Homem tinha árvore a crescer num pulmão


Médicos acreditam que o paciente pode ter inalado uma semente de abeto e que começou a crescer dentro do seu corpo.

Foi encontrada uma planta, com cinco centímetros a crescer dentro do pulmão de um paciente na Rússsia. O homem, Artyom Sidorkin, de 28 anos, consultou o médico porque tinha constantes dores no peito e tosse persistente com sangue.

Os médicos suspeitavam que o paciente tinha cancro nos pulmões. Surpreendentemente, quando os médicos estavam a operar Artyom, para retirar o suposto tumor maligno, verificaram que não se tratava de cancro mas sim de uma pequena árvore a crescer dentro do pulmão, segundo informa o sítio online do jornal espanhol “ABC”.

De acordo com o diário "Komsomolskaya Pravda", após a cirurgia, nos Montes Urais na Rússia ocidental, os médicos acreditam que Sidorkin pode ter inalado uma semente de abeto e que começou a crescer dentro do seu corpo.

O russo, quando confrontado com o relatório dos especialistas, nem queria acreditar. Pensou que “estava a delirar”, noticia o “Globo.com”, quando lhe disseram que tinha sido encontrada uma árvore num dos pulmões.

Fonte: Jornal De Notícias

sábado, 25 de abril de 2009

O Prometido é Devido

Tal como prometido, deixarei o meu testemunho, semanalmente, no blog "O País e o Mundo".
Foi com grande prazer e satisfação que aceitei o convite para, regularmente, deixar aqui as minhas impressões sobre os mais variados assuntos e, quem sabe, publicar alguns dos trabalhos de faculdade que ache que, pela sua importância, poderão ser alvo da curiosidade daqueles que visitam este cantinho.
Antes de mais, devo apresentar-me convenientemente. O meu nome é Ana Patrícia Silveira, sou nortenha e estudo Ciências da Comunicação, na Universidade do Minho (Braga). Para além do curso, que me dá as bases para a jornalista que me desejo tornar, colaboro como redactora no jornal online dos alunos do meu curso, que podem visitar em http://www.comumonline.com/
A escolha da área do curso foi feita por gosto, sobretudo por existir em mim o bichinho da escrita e da leitura. Os tempos são complicados, mas se deixarmos de fazer o que gostamos pelo simples facto de acharmos que não vamos conseguir, então nunca seremos quem queremos e sim, prisioneiros de uma realidade díficil de ultrapassar. De qualquer das formas, poderei sempre escrever, basta uma folha e uma caneta.
Feitas as apresentações, resta-me agradecer ,novamente, a amabilidade do convite e garantir que farei o máximo do esforço para escrever coisas interessantes, neste espaço.
Na próxima semana publicarei uma reportagem feita em Évora, no Domingo de Páscoa. Apesar de já ter passado algum tempo, o mais interessante é perceber as peculiaridades deste género jornalístico, onde muitas vezes é possível sentirmos que estamos no lugar onde o jornalista esteve.

Até breve*

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Guti gera polémica no Real Madrid (vídeo)

O médio espanhol e uma das referências do clube ‘merengue’ recusou-se a fazer exercícios de aquecimento nos últimos cinco minutos do jogo com o Málaga, no passado sábado, agudizando a complicada relação que mantém com o treinador Juande Ramos.

A estação televisiva Cuatro divulgou ontem imagens do incidente, nas quais se pode ver o segundo capitão da equipa madrilena, de 32 anos, a fazer um gesto de desprezo com a mão, não acatando a indicação do preparador físico Jordi Garcia, previamente transmitida por Juande Ramos. A atitude de Guti suscitou reacção de espanto de Michel Salgado, que estava sentado ao seu lado no banco de suplentes.

O futuro de Guti no Real Madrid poderá, assim, ter ficado irremediavelmente comprometido.

Veja o vídeo:



In abola

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Crónica de Miguel Sousa Tavares (21-04-2009)

NORTADA

Por Miguel Sousa Tavares

A RESSACA

1 No FC Porto, há muito tempo que não há vitórias morais. Ali, joga-se sempre para ganhar e, quando se perde, perde-se: ninguém fica a consolar-se com a injustiça, a falta de sorte ou os erros de arbitragem. É este espírito, antes de tudo o mais, que marca a diferença de resultados entre os «azuis e brancos» e a restante concorrência a nível nacional. E é por isso que a eliminação às mãos do Manchester United — por mais injusto que o desfecho nos pareça, atendendo ao que se passou nos dois jogos — é uma derrota e ponto final. Não é o fim de um «sonho», como se escreveu, porque, verdadeiramente, o sonho nunca existiu. Mas foi o fim de uma hipótese, ténue e incrível, de ter afastado da mais importante competição mundial de clubes o campeão em título e mais rico clube do mundo. Para que isso acontecesse, era preciso, porém, dois momentos, dois jogos, de absoluta perfeição de todos, de uma tamanha competição e eficácia competitiva que as mais valias individuais do todo poderoso MU não conseguissem sobrepor-se a um jogo de equipa perfeito. Era preciso que o guarda-redes não falhasse nada que pudesse ser defendido, que a defesa fosse quase impenetrável, o meio-campo incansável e que o ataque não desperdiçasse golos possíveis. Isso não aconteceu, nem lá nem cá: lá, o FC Porto teve o adversário aos pés, mas, erros próprios (um golo oferecido e dois falhados, daqueles que não se podem desperdiçar) impediram uma vitória que teria resolvido logo a eliminatória; e cá, um fantástico pontapé de Ronaldo (que não deixou de ser um golo consentido por Helton, no primeiro remate à baliza dos ingleses), mais um desperdício de Lisandro e outro de Rolando, a par do «síndroma de Mamede» e dos efeitos devastadores da ausência de Jesualdo no banco e de Lucho no campo, ditaram uma vitória «científica» do MU, com um amargo sabor a «quase». Viu-se uma equipa absolutamente impecável na defesa (face a um ataque de meter terror), um grande meio-campo, mas depois falhou o ataque, jogador por jogador, e, uma vez mais, se demonstrou como a ausência de um guarda-redes fiável limita a equipa nos grandes jogos (não foi só o golo de Ronaldo, foi também a única outra oportunidade do Manchester, num pontapé dentro da pequena área e na sequência de um canto, com uma bola a pingar a um metro da baliza, que nenhum guarda-redes pode deixar de interceptar).

É verdade que a festa que os campeões do mundo fizeram no final e o ar de evidente alívio de sir Alex ficaram como sinal do respeito e temor que o FC Porto conseguiu impor ao gigante europeu. Mas isso é uma vitória moral. Saímos com honra, sim, caímos de pé, sim; mas saímos e caímos. Apenas com a convicção de que a equipa foi tão longe, ou mais ainda, do que era legítimo exigir-lhe. Não se pode ter sol na eira e chuva no nabal: vender o Anderson ao Manchester e depois ficarmo-nos a lamentar da sua decisiva acção a travar o nosso jogo a meio-campo. As coisas são como são.

2 De regresso à vidinha de todos os dias, aí temos o nosso campeonato, com as suas eternas discussões sobre arbitragem — que, ao que parece, é aquilo a que se reduz a apreciação do mérito do futebol que se vê. É verdade, sim, que ficou um penalty por marcar a favor da Académica, quando havia 0-0, no jogo contra o FC Porto. Mas também é verdade que um jogador da Académica, depois da mão na bola do Raul Meireles, ficou completamente isolado perante o Helton, com todas as condições para fazer golo e falhou: se tivesse marcado, conforme lhe competia, não havia discussão sobre o penalty. E também é verdade que o liner cortou uma jogada de golo do FC Porto por offside absolutamente inexistente e é verdade, sobretudo e para quem viu o jogo, que o FC Porto poderia ter vencido por cinco ou seis, se o Hulk, por exemplo, não estivesse a atravessar uma crise de forma e de crescimento. Só quem não entende nada de futebol ou quem esteja de má fé é que poderá sustentar que, sem aquele penalty não marcado, o FC Porto não teria vencido em Coimbra.

A ressaca da noite de quarta-feira não deve ter sido fácil de gerir, mas, com mais ou menos limitações e cansaço, mais ou menos inspiração e motivação, Jesualdo Ferreira conseguiu o suficiente para reerguer a equipa no caminho do que resta conquistar: o campeonato e a Taça de Portugal. Mais uma jornada passou e faltam só quatro vitórias até ao título de tetracampeão nacional.

3 O Vitória de Setúbal caminha para a segunda divisão e o Boavista caminha para a terceira. Não há milagres sem pão: não é possível manter a motivação dos jogadores nem o equilíbrio psicológico de uma equipa se os jogadores jogam sem receber e sem saber o que é o dia de amanhã. A excepção do Estrela da Amadora não passa disso mesmo e o que é preocupante é que possa haver dirigentes de clubes que olhem para o caso do Estrela como um exemplo de viabilidade desportiva dentro da anormalidade. É urgente que Hermínio Loureiro se defina na anunciada nova regra a entrar em vigor em Maio: ou é para ser finalmente a sério e sem olhar a quem, ou é para ser aplicada com «compreensão» e prolongar por mais um ano este indecente cenário dos clubes que competem sem pagar aos jogadores nem ao Fisco e Segurança Social. Afinal, isto é uma competição profissional ou uma quermesse?

4 Já começaram as notícias dos jogadores que desejam ardentemente ver-se com a camisola do Benfica para o ano que vem. Das extraordinárias vedetas que aí vêm rumo à Luz, tipo Fredy Adu ou Pablo Aimar. Já se preparam as manchetes de Verão, já se faz por esquecer os fiascos desta época com os anunciados triunfos da próxima. Nos «grandes» de Lisboa preparam-se eleições e, enquanto que no Sporting, o actual presidente se jura farto de desconsiderações e a mal resolvida oposição consta que prepara a candidatura de um ex-polícia a contas com a justiça, no Benfica o actual presidente já vai investindo forte e feio contra uns eternos e não nomeados ambiciosos que podem ter o desplante de lhe querer disputar o lugar. Eis um problema que não se põe no FC Porto.

Enfim, já cheira a «defeso», já há espuma e maresia no ar, já se anuncia o Verão. Mais um ano que acaba, mais sonhos que morrem e se enterram e outros que nascem e se alimentam de novas ilusões. O ciclo do futebol segue ao lado e próximo do ciclo da vida. E sempre gostei disso.

in abola.pt

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Vamos defender Portugal (McCann no Show da Oprah)...

Mande um Email à Oprah!!!!

Na próxima semana Jerry e Kate McCann vão ao Show da apresentadora Oprah nos estados Unidos!!!

Naquilo que parece ser uma campanha desesperada para tentar desviar as atenções, este casal parece ter uma influência que não tem limites!

Já que os nossos governantes e políticos permitiram o afundamento do caso, graças ao poder deste casal, vamos antecipar a difamação provável do nosso país e da nossa polícia.

"Graças à honra do Senhor Gonçalo Amaral que enfrentou tudo e todos, podemos ficar a saber os detalhes que tornam inviável a tese de rapto, e podemos saber os detalhes que confirmam que este casal esconde algo de muito sério! Vamos apoia-lo e mostrar em 10 milhões de emails para a Oprah, que estamos pela verdade e pela justiça!

Lá fora, diz-se o que se quer deste país de "terceiro mundo", mas agora é a nossa oportunidade de mostrar que ninguém goza connosco e que unidos lutaremos pela justiça e pela verdade!

Não deixem que esse casal diga nos EUA tudo o que tem dito em Inglaterra e peçam que ela investigue os factos reais!

A Oprah é a principal defensora dos direitos humanos nos EUA não obedece a pressões, e portanto vamos apelar a isso!


O que tem que fazer é o seguinte:

Basta clicarem neste link, e escreverem o que vos vai na alma ou então copiem o texto em ingles que está em baixo e ponham o titulo Maddie McCann!

Os Dados que se pede no formulário podem ser inventados, morada, número de telefone ou se preferirem!

https://www.oprah.com/plugform.jsp?plugId=220

Vamos mostrar à Oprah que estamos pela verdade e pela justiça chamando a sua atenção para as verdades!

Texto padrão:

Assunto: Maddie McCann

Hi Oprah! We follow your program in Portugal, and we see you as humans rights defender as well as beautiful person that fights for equality, justice and love.
We understand, that you will record a program with Kate and Jerry McCann next week, and because we see the truth beyond everything, we ask you please to dig in, to know the details of the process envolving this couple.
There is a book, "A Verdade da Mentira", and several reports, (and everything is in the official documents of the investigation), that shows clearly that there are many lies in what Jerry and Kate McCann says!
The police dog's (USA, UK), the contraditions of the report's of Kate and Jerry Friend's, some eyewitnesses, the impossibility of kidnap proved by the police (size of the window, place of the bed etc)... are all many things that show that Maddie is right now suffering the biggest injustice of all: the LIE!
Oprah, we trust you and your investigators will dig in, and ask in Portugal and Portugal Police, as well as Goncalo Amaral, the main and lead investigator or any portuguese jornalist all the informations you need!
Please Oprah, we believe in you and we only ask you to look to the truth and the justice!
Thank you!

domingo, 19 de abril de 2009

Boca Elástica

O título diz tudo!

sábado, 18 de abril de 2009

Nova crónica semanal

A partir da próxima semana, o blog overdadeiroportugal contará com uma crónica semanal escrita por uma estudante do Curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho.

Os temas a tratar serão dos mais variados, desde sítios a visitar a filmes recomendados.

--------------------------------------------------------

Mais novidades são esperadas na próxima semana.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Veja um golaço: Grafite arrasa a defesa do Bayern (vídeo)

Na Alemanha, já há quem diga que é o golo do ano. Grafite, goleador do Wolfsburgo, deu um toque de «maldade» à goleada que o Wolfsburgo aplicou ao Bayern de Munique (5-1).

O brasileiro marcou dois golos, mas o último da sua conta pessoal, e da equipa, foi uma verdade maravilha. Grafite ultrapassou vários adversários, e depois deixou um toque de classe para a finalização, quase em jeito de humilhação.

Veja a «maldade» de Grafite:

quinta-feira, 16 de abril de 2009

RTP - Um «flash interview» bem completo...

Quando os adeptos do FC Porto se preparavam para não ver novamente um «flash interview», eis que a RTP decidiu fazer as coisas bem. E fê-lo com um zelo sem precedentes!

O telejornal abriu com a notícia da derrota do FC Porto, aos pés do carrasco Cristiano Ronaldo. O «flash interview» ocupou os 10 minutos iniciais do telejornal, onde o doce mais aguardado era chegar à fala com Cristiano Ronaldo. No final de mais uma conversa de «chacha», onde voltaram a sugerir a sua saída de Manchester, «um abraço» ao melhor do mundo. Afinal tinha acabado de sentenciar a eliminação do campeão de Portugal.

Outra coisa interessante: nenhuma pergunta sobre a lesão de Lucho Gonzalez. Provavelmente o tema não lhe interessava. Aliás, que bom que seria para "eles" que Lucho estivesse afastado umas semanas.

Lindo, mais uma vez, para Dragão aturar.

Os azares de Mario Gomez, goleador em maré negra (vídeo)

A vida não anda fácil para Mario Gomez. Apesar dos respeitáveis 14 golos que já soma na Bundesliga, o ponta-de-lança do Estugarda e da selecção alemã enfrenta uma onda de críticas pela sua ineficácia em jogos internacionais. Depois de um Euro-2008 completamente falhado, Gomez prosseguiu a seca goleadora ao serviço da Mannschaft, acumulando já 13 jogos consecutivos sem marcar.

Apesar dos 18 golos marcados pela Alemanha, que vai de vento em popa rumo à fase final do Mundial, o avançado ainda não conseguiu fazer o gosto ao pé, ou à cabeça e as críticas saíram reforçadas na última semana, depois de ficar em branco nos jogos com o País de Gales e o Liechtenstein. Neste último jogo, Gomes assinou mesmo um sério candidato a pior remate do ano, como pode confirmar neste vídeo.



A semana negra do avançado ficou completa no último sábado, quando Gomez, convidado do programa desportivo da estação televisiva ZDF, foi desafiado para o habitual teste de precisão, que coloca frente a frente um jogador profissional e um elemento do público. Ambos dispõem de seis tentativas para colocar a bola nos alvos definidos da baliza colocada no estúdio. E se Gomez pensava recuperar algum moral com uma boa performance televisiva, enganou-se. Como pode confirmar neste vídeo:



Fonte: MaisFutebol

terça-feira, 14 de abril de 2009

Crónica de Miguel Sousa Tavares (14-04-2009)

NORTADA

Por Miguel Sousa Tavares

Sobreviver ao dia de amanhã

1 O que mais gostei de ver ao FC Porto em Old Trafford foi a atitude inicial de Jesualdo Ferreira. Ao contrário do que sucede nove em cada dez vezes com os treinadores portugueses defrontando jogos de alto risco no estrangeiro, Jesualdo não se atemorizou com o ambiente infernal e o nome do adversário — que é tão só o campeão europeu e mundial. E pôs em campo a sua melhor equipa, no seu esquema habitual, jogando num 4x3x3 de matriz ofensiva, em lugar de retirar um homem da frente para reforçar o meio-campo, conforme é a escola lusa tradicional. E, ao contrário, foi Alex Ferguson quem tirou um homem do ataque (Tévez) para meter mais um trinco, num sinal do respeito que o FC Porto lhe merecia.
Essa foi apenas a primeira manifestação de uma atitude que, pela sua raridade e pela coragem demonstrada, ficará como um marco na historia contemporânea da presença de clubes portugueses ao mais alto nível das competições europeias. Nada está, obviamente decidido, e o Manchester United tem obrigação de continuar a fazer valer a sua condição de favorito à eliminatória, demonstrando-o amanhã no Dragão. Mas a noite de Old Trafford — onde o pior que aconteceu ao FC Porto foi, de facto, o resultado —, merece ser recordada como um episódio brilhante na eterna luta de David contra Golias. Só para ver o título do Guardian (Porto Panic) valeu a pena ter chegado aos quartos-de-final desta edição da Champions.

Hoje à tarde, na conferência de imprensa do United, eu gostaria que algum jornalista português tivesse também a coragem de perguntar ao arrogante, mau perdedor e mal educado sir Alex se não teve vergonha de ver uma equipa com um orçamento doze vezes superior ao adversário ser humilhado no seu estádio, perante o seu público. E, já agora — cúmulo da provocação — perguntem-lhe se acha que, a treinar o FC Porto, conseguiria eliminar o Manchester United.

Agora e perante os resultados, tornou-se obrigatório elogiar Jesualdo Ferreira — até muitos dos que antes o desprezaram ou acharam que não houve mérito por aí além nos dois campeonatos por eles ganhos ou que levar a equipa duas vezes em duas tentativas a ultrapassar a fase de grupos da Champions são favas contadas. Eu tenho por mim o registo destas páginas, em que, mal ele chegou ao clube e pôs fim à anarquia táctica herdada de Adriaanse, lhe dei logo o meu apoio — que nunca retirei, embora e como é evidente, tenha discordado várias vezes dele pontualmente. Mantenho a substância dessas criticas: continuo a achar que o FC Porto desperdiçou, por empréstimo ou cedência, vários jogadores que muita falta fazem agora e recebeu ou manteve outros cujo valor não justifica a escolha. Continuo assim a achar que o grande calcanhar de Aquiles desta equipa (para além do caso especial do guarda-redes) está na ausência de um banco à altura das necessidades de quem se bate simultaneamente em três frentes — e para vencer, não apenas para marcar presença. Reconheço que o Mariano melhorou o que pode, que o Farías tem o «pé quente», mas não mudei a opinião de que nem eles, nem o Madrid ou o Guarín são suplentes à altura. E mais não há, porque os que podia haver estão por aí a brilhar noutros clubes.

Em contrapartida, deve ser creditado a Jesualdo Ferreira a extraordinária descoberta do Cissokho (por 300 mil euros!), o excelente aproveitamento do Rolando, os grandes progressos registados pelo Fernando (mas tem de melhorar a qualidade de passe naquela zona decisiva), pelo Raul Meireles, pelo Hulk e até mesmo pelo Cristián Rodríguez, que passou a primeira metade da época adormecido. Isto para não esquecer aquele que durante os três anos de Jesualdo mais cresceu como jogador: Bruno Alves. Tanto estes jogadores como o próprio futebol da equipa têm vindo sempre em crescendo desde o início da época, ao contrário dos seus rivais internos, e consegue a proeza de, acumulando um maior número de jogos e um muito maior desgaste competitivo, chegar a este momento decisivo nas três frentes respirando uma saúde competitiva e uma qualidade de jogo a milhas do que por aí se vê. Apenas um indicador: as oito vitórias consecutivas conquistadas fora de portas na Liga foram todas por margem superior a um golo, o que quer dizer que nenhuma delas caiu do céu.

Chegado a este ponto das coisas, Pinto da Costa deve estar a lamentar não ter já renovado o contrato com o seu treinador, em lugar da atitude de wait and see que adoptou, porque, ao que parece, a tradição «obriga» a levar os contratos com os treinadores até ao fim, mas nunca os prolongar para além dos três anos. Só que hoje Jesualdo Ferreira tem com ele a equipa, os resultados, os adeptos e a unanimidade da crítica. E se amanhã conseguir a fantástica proeza de apear o todo poderoso United da Europa, a sua cotação subirá na exacta medida em que aumentarão os candidatos a tê-lo como líder de uma equipa. Para além disso — e num momento em que o FC Porto parece finalmente revelar algum juízo nas contratações que já vai fazendo para a próxima época, escolhendo jovens portugueses em lugar de resmas de sul-americanos — mudar agora de treinador seria andar para trás. Estes três anos a consolidar uma equipa, apesar das sucessivas vendas dos seus melhores, e a instalar o espírito de conquista que é uma marca da casa, teriam de ser retomados do zero, com novo treinador, novos métodos, novas escolhas e... novas compras.

Ninguém, absolutamente ninguém, em todo o universo azul e branco, perceberia agora a conveniência em dispensar Jesualdo Ferreira. E isto, já para não falar em justiça e gratidão — que, no futebol como no resto, são valores muito apregoados e pouco usados.

2 Com a companhia de um sportinguista, consegui (conseguimos!) resistir ao primeiro quarto-de-hora do tão anunciado debate Dias da Cunha-Soares Franco. Parecia uma discussão de merceeiros disfarçados de cavalheiros, com muitos «senhor doutor» para aqui, «senhor doutor» para ali, e nada de substancial, de palpável, de vagamente emocionante. Quando desisti de ver mais, comentei, meio a sério, meio a brincar, com o sportinguista: «Se alguém ainda precisava de entender as razões pelas quais o Sporting não consegue chegar aos calcanhares do FC Porto, hoje deve ter ficado esclarecido». Para mim, só continua por esclarecer o que move Dias da Cunha ou o juiz Abrantes Mendes, numa eterna oposição à margem dos organismos estatutários, repetindo banalidades e disparates sem fim, com o único e aparente objectivo de serem permanentemente notícia. Como parece não haver ninguém, entre família e amigos, que lhes dê o sábio conselho de se calarem, julgo que eles se vão eternizar assim, em eternos resmungos, como dois judeus frente ao Muro das Lamentações.

3 Não há jornada da Liga que não acabe com discussões sem fim sobre penalties assinalados ou não assinalados por mão na bola. Estes são hoje a maioria dos penalties assinalados entre nós e por isso, infalivelmente, só podem suscitar a eterna discussão de saber se foi mão na bola ou bola na mão — o que quase sempre depende de uma apreciação necessariamente subjectiva. E eu penso que o critério tem sido largo, larguíssimo de mais — ao ponto de se ver com frequência os defesas a encolherem os braços quando se fazem a um cruzamento e desejando passar por manetas nesses momentos. Não é preciso recuar muito no tempo para nos lembrarmos do último campeonato ganho pelo Benfica, em que o Simão Sabrosa tinha apurado uma técnica quase infalível de cruzar as bolas direitas aos braços dos adversários. O Benfica ganhou assim imensos penalties, vários jogos e, no limite, acabou por ganhar assim (e com livres à entrada da área) o próprio campeonato. Acho que é mais do que altura de tornar uniforme, claro e restrito aos casos evidentes a marcação de penalties nestas circunstâncias. Se há um claro movimento do braço para interceptar uma bola, é penalty; se não há, deixemo-nos de especulações e discussões.

Fonte: A Bola

Roménia: árbitro saca de pistola para conter tumulto (vídeo)

Um árbitro assistente amedrontado pode fazer quase tudo. Pelo menos este árbitro assistente romeno. Numa partida da Série D da Roménia (quarto escalão nacional) entre o Popesti Stefan e o Unirea Dragalina, um bandeirinha sacou de uma pistola para se defender de uma multidão furiosa.

O Popesti perdia em casa por 1-2 e terá visto o tal árbitro anular-lhe indevidamente o golo que faria o empate neste derby das divisões secundárias. Os adeptos do Popesti não se contiveram e invadiram o campo em busca do (ir)responsável.

Perante a multidão, o árbitro sacou de uma pistola e controlou os ímpetos dos furiosos. A partida, naturalmente, foi interrompida nessa altura. Antes de conferir o vídeo, fica uma pergunta: onde é que o homem teria a pistola guardada?

Confira o vídeo:




Fonte: MaisFutebol

quinta-feira, 9 de abril de 2009

No interior de um Ferrari

Para comemorar o título de Fórmula 1 Constructor’s World Championship alcançado o ano passado a Ferrari lançou uma versão especial do já exclusivo F430 spider... Tal como a versão fechada Scuderia possui 510cv extraídos do seu V8 de 4300cm3 para um peso de 1440kg. Com isto, alcança uma velocidade máxima de 315Km/h e dos zero aos 100 precisa de 3,7s.

É uma versão limitada a 499 unidades, mas a Ferrari pensou em quem não pode colocar as mãos num destes exemplares disponibilizando uma visita virtual ao seu interior....

Dirige-te a este site e vive o sonho!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Crónica de Miguel Sousa Tavares (07-04-2009)

NORTADA

Por Miguel Sousa Tavares

"Os vencidos do apito encarnado"

1 Como seria de esperar, Luís Filipe Vieira não perdeu tempo a dizer o que pensa sobre a consumação total da derrota que ele e o Ministério Público (MP) encaixaram nos três processos do Apito Dourado instaurados contra Pinto da Costa. E o que ele pensa é aquilo que era de prever: que uma justiça que absolve Pinto da Costa não presta, por natureza. Para o presidente do Benfica, não há que ter qualquer pudor: tanto lhe faz que alguém tenha sido sistematicamente absolvido ou nem sequer pronunciado em vários processos, tanto lhe faz a opinião unânime de todos os juízes chamados a pronunciar-se, tanto lhe faz a própria ideia de Justiça ou de Estado de Direito. Só lhe interessa o seu isento critério: haveria justiça se Pinto da Costa tivesse sido condenado; como não foi, tudo isto vale zero e é uma fantochada. Nos próximos tempos, vamos ver Vieira a percorrer as chafaricas do País insinuando que Pinto da Costa subornou cinco tribunais e nove juízes para ser declarado inocente. Mas que outra coisa seria de esperar de quem montou, de fio a pavio, a mais transparente campanha de manipulação contra um clube jamais vista?

O Apito Dourado foi a Alfarrobeira do futebol português (perguntem ao João Gabriel o que foi isso). Com a diferença de que terminou melhor que Alfarrobeira: desta vez, a inveja dos medíocres não triunfou, apesar da disparidade de meios em confronto. Mercê de um extraordinário despacho do sr. Procurador-Geral, ordenando ao MP que recorra em todos os processos que Pinto da Costa ganhasse (o dr. Pinto Monteiro não paga as custas nem os custos do seu bolso...), a sentença de Gaia vai ainda ser objecto de apreciação pela Relação, mas apenas para satisfazer o despeito do dr. Pinto Monteiro e da dr.ª Maria José Morgado. Mas o Apito está morto — como eu sempre previ que aconteceria a um processo cuja única fundamentação assentava na credibilidade de uma testemunha como Carolina Salgado, a par do desejo de, por esta via, tentar justificar a incompetência com que o Sport Lisboa e Benfica é gerido há vários anos, permitindo ao sr. Vieira manter-se no trono que tanto prazer lhe dá.

Chegou a hora de passar ao contra-ataque — que eu espero que o FC Porto não perdoe — e para o qual dou aqui a minha contribuição, lembrando apenas quem são os principais vencidos desta suja querela. Ei-los.

LUIS FILIPE VIEIRA — O presidente do SL Benfica foi, como disse, o mentor principal de todo este embuste. Os objectivos eram desacreditar o mérito dos êxitos do FC Porto — cuja justiça é visível por qualquer um de boa-fé —, e dar ao próprio, na secretaria, as vitórias que se revelou incapaz de conquistar em campo, tentando levar à Europa, pela porta dos fundos e em prejuízo do Porto, a indigente equipe de futebol do Benfica que por aí se exibe à vista de todos (domingo, na Reboleira, não fosse mais uma arbitragem amiga a atrapalhar as contas do dr. Cervan, e lá teriam ficado, muito merecidamente, mais dois ou três pontitos...). Para tal, nem hesitou em lançar mão daquela que, em pleno Estádio da Luz e para vergonha dos portistas, o tinha ido insultar e a quem ele havia destratado como se lembrarão, numa declaração que fez na altura. Mostrou quais eram os seus métodos, os seus princípios e a «moralidade» que por aí anda a apregoar. O episódio da tentativa de entrar à força na Champions, marimbando-se para a tal verdade desportiva (e contando, para tal, com a prestimosa colaboração do dr. Ricardo Costa), foi o momento mais negro da história de um clube que tem inúmeras páginas de reconhecida e justa glória. Vieira foi o autor moral de três derrotas judiciais exemplares, o frustrado líder de uma conspiração ditada pela inveja e pela mediocridade. Se tivesse alguma humildade, que manifestamente não tem, meditava na lição.

CAROLINA SALGADO — A raiva de ter perdido o estatuto de Primeira Dama do FC Porto, levou-a a um exercício de vingança em que não olhou a meios e em que não se revelou diferente do que já se sabia que era. Intitulou-se escritora (do livro de cabeceira do Barbas, que nem sequer escreveu!), inspirou um filme, posou como ícone sexual para a Maxmen, imaginou-se figura do jet seis e uma mártir da justiça protegida pelos seguranças da dr.ª Morgado — e acabou indiciada como perjura. Como disse o advogado de Pinto da Costa, foi usada, utilizada, abusada. E agora a má notícia: como deixou de ter utilidade, vai ser deitada fora. Até porque nunca se sabe se alguém não resolve investigar a fundo as suas motivações outras e não acaba por se tornar perigosa para quem a inventou.

LEONOR PINHÃO — Felícia Cabrita escreveu no SOL (sem nunca ter sido desmentida) que, nos primórdios do Apito, Leonor Pinhão se reuniu num hotel de Lisboa com Carolina Salgado, Luís Filipe Vieira e dois agentes da PJ que tinham o processo a cargo — uma eloquente reunião que desde logo fazia prever o tipo de investigação que aí vinha. Desde o início, que a minha distinta colega de opinião neste jornal assumiu entusiasticamente o papel de criadora da criatura, indo ao ponto de escrever o guião de um filme baseado nas verdades da d.ª Carolina que não se preocupou minimamente em confirmar. O ódio ao FC Porto cegou-a, chegando a escrever aqui que «detalhes» como o «nexo de causalidade» num suposto crime de corrupção não interessavam nada. E onde estão as vitórias do Benfica, desde o Apito?

PINTO MONTEIRO — Um dia depois de ter tomado posse como Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro declarou que ia ler o livro de Carolina e abrir investigações com base no que lá estaria — como se fosse o caso mais importante que tinha encontrado. Depois, nomeou um dream-team com a missão única de caçar Pinto da Costa, sem olhar a meios ou despesas. Enfim, na iminência da derrota total, teve ainda o desplante de declarar que nada ficaria na mesma depois do Apito, pois tinha conseguido incomodar e assustar... os inocentes. Nada deveria ficar na mesma, de facto. E, atendendo não só ao desfecho do Apito, mas ao desastre absoluto que tem sido a sua gestão à frente do MP em tudo o resto, há uma coisa pelo menos que, houvesse pudor, deveria mudar: ele próprio.

MARIA JOSÉ MORGADO — A estrela do MP nem por um instante se deu ao incómodo de fingir que o objectivo do Apito era apurar se havia corrupção no futebol português. Fixou-se num único alvo e conduziu, contra todas as evidências e contra todos os deveres da função, uma campanha ad hominem, na qual gastou milhões de euros aos contribuintes, ancorando-se unicamente no testemunho de alguém que não lhe poderia merecer credibilidade alguma. E, quando tanto se fala em pressões e independência dos magistrados do MP, ela obrigou-os a reabrir processos arquivados, a acusar sem convicção, a recorrer sem fundamento. No limite, por sua ordem ou não, permitiu que o MP lançasse mão do mais indecoroso expediente que jamais vi num tribunal criminal, aliciando uma testemunha da defesa durante o próprio julgamento e arrancando-lhe, altas horas da madrugada, uma declaração escrita em que dizia que tinha andado a mentir durante dois anos. Para mim, o prestígio da senhora, conquistado a duras penas, morreu aqui e com ele afundou-se ainda mais no abismo onde hoje vegeta o prestígio do próprio MP.

RICARDO COSTA E O CD DA LIGA — Num último acesso de raiva e num tirar definitivo da máscara, o dr. Ricardo Costa e os seus pares do CD, escolheram a véspera da leitura da sentença que sabiam que só podia absolver Pinto da Costa, para se lembrarem de aplicar a Lisandro o mais vergonhoso castigo que alguma vez saiu da imaginação daquelas descontroladas cabeças. Estiveram à beira de conseguir tirar da Europa o único clube que prestigia Portugal e que merece lá estar, condenaram por invocada tentativa de corrupção o presidente do FC Porto a dois anos de suspensão (e de silêncio!), e tudo com base em fundamentos e provas que cinco tribunais comuns reduziram a pó e a má-fé. E agora, dr. Ricardo Costa, o seu belo palavreado pseudo-juridico também vai decretar que todos os juízes estavam feitos com Pinto da Costa? Saia, homem: a vida não é a feijões!

2 E, como o futebol se joga no campo, o FC Porto foi a Guimarães, com tudo contra si (Lisandro castigado pelo dr. Costa pelo crime de ter sofrido um penalty não assinalado, outros ausentes por cansaço, autocarro apedrejado, ambiente de intimidação, festival de pancadaria no Hulk (como táctica dos da casa e perante a complacência criminosa do árbitro), e deu mais um banho de bola e uma lição de verdade desportiva às pretensões justicialistas dos Vieiras, Salgados e Morgados, Costas e demais. Ora, chorem.

Hoje à noite, em Old Trafford, a missão é quase impossível, face à maior potência desportiva e financeira do futebol, campeão europeu e mundial em título. Mas estes jogadores têm uma fibra e uma coragem para os grandes momentos que nos levam a acreditar até ao fim. Só espero duas coisas: que o Helton não ofereça um ou dois golos (já em Guimarães voltou a tentar), e que o Cristiano Ronaldo de logo à noite seja o da Selecção e não o do Manchester: aquele que falha golos fáceis, joga pouco ou nada e acha que os colegas é que atrapalham.

Fonte: Abola

segunda-feira, 6 de abril de 2009

O Manchester-FC Porto visto pelo eurofosso das receitas

Se os jogos de futebol fossem decididos exclusivamente pela capacidade que os emblemas têm para conquistar receitas nos diversos mercados - bilhetica, publicidade, produtos ou direitos televisivos - o FC Porto estava dispensado de jogar contra o Manchester United. Acontece que o futebol é um desporto. Ainda…

As sociedades anónimas desportivas para o futebol de FC Porto, Benfica e Sporting não apresentam grandes diferenças entre si quando analisamos as estruturas das respectivas receitas operacionais (sem transferências de futebolistas). Os três maiores emblemas portugueses também são gémeos quanto à distância que os separa dos emblemas inseridos em mercados mais pujantes que o nosso, mas com os quais são desafiados a competir época a época, na Liga dos Campeões ou na Taça UEFA, sob pena desse fosso europeu ser ainda mais cavado.

Nos quadros e gráficos que publicamos nesta página é possível observar a dimensão do fosso que separa o FC Porto (54,9 milhões de euros) do adversário que amanhã defrontará nos quartos de final da Liga dos Campeões, o Manchester United, cujas receitas operacionais somam 324,8 milhões de euros, ou seja, cerca de seis vezes as do campeão português. Neste comparativo, nem mesmo o Villareal -- emblema espanhol que a maioria dos adeptos portistas preferia como adversário - anda por perto uma vez que contabiliza mais 14 milhões de euros. Daí para cima, entram em jogo nestes quartos de final da "Champions" equipas de clubes e sociedades que figuram entre as 10 mais ricas do eurofutebol, conforme consta do último relatório da Deloitte, uma das mais conhecidas empresas de consultadoria financeira e de gestão.

Se uma das evidências dos quadros que apresentamos nesta página é a de que, afinal, não há qualquer razão para qualquer dos grandes se poder sentir mais poderoso no terreno da captação de receitas, incluindo o Benfica que tem tido uma política muito afirmativa nesta área e a qual não parece encontrar respaldo na análise comparada com Sporting e FC Porto. Pelo contrário, o que os quadros e gráficos mostram é uma grande estabilidade das receitas dos três grandes e não apenas no que respeita aos direitos televisivos conforme ainda recentemente referiu Domingos Soares Oliveira. Este administrador da Benfica SAD considerou num dos últimos "Prós e Contras" da RTP1 que a receita relativa à venda dos direitos televisivos era a única em que o emblema da águia não conseguia competir com os mais poderosos da Europa, mas a verdade é que a comparação entre outro tipo de receitas como as de bilheteira ou de publicidade e "merchandising" reproduz uma diferença de dimensão similar conforme podemos verificar, por exemplo, pelas verbas inscritas na coluna da área comercial com o Bayern de Munique à cabeça em função dos 176,5 milhões de euros arrecadados na época 2007/08.

De resto, a ideia de que os direitos televisivos do Benfica estariam abaixo, ou mesmo muito abaixo, da popularidade e das audiências que é capaz de conquistar resulta numa equação sem solução quando procuramos analisar essa popularidade através dos clientes activos que são a base de outras receitas como as da venda de bilhetes ou de publicidade e "merchandising": de facto, como deveremos ler (e comparar) as receitas da coluna de bilheteira e "corporate" somadas às da coluna comercial que no caso do Benfica atingiram os 33,2 milhões de euros (em 11 meses da época 2007/08) face aos 36,3 milhões do FC Porto (em 12 meses)?

Uma observação atenta do quadro da evolução das receitas operacionais entre 2002/03 e 2007/08 torna muito clara a estabilidade dos três grandes emblemas do nosso futebol, fortemente influenciada pelas suas carreiras nas eurotaças - atentemos nas receitas do FC Porto quando foi campeão europeu em 2004 ou nas do Benfica em 2006 quando foi eliminado nos quartos de final da Liga dos Campeões pelo Barcelona -- e apenas com pequenas variações resultantes da entrada em funcionamento dos novos estádios construídos para acolher o "Euro 2004". A pequena dimensão do mercado interno português como factor fortemente condicionante do poder financeiro dos nossos maiores emblemas está bem expressa na comparação desse pequeno efeito dos novos estádios do "Euro 2004" com a autêntica explosão de receita de bilheteira no novo estádio do Arsenal (119,5 milhões de euros em 2007/08, logo a seguir ao Manchester United com 128,2 milhões) com reflexo na evolução do total das receitas operacionais deste emblema inglês: de 192 milhões em 2005/06, para 264 em cada uma das duas épocas seguintes. E o mesmo podemos dizer do efeito do novo estádio do Bayern de Munique na evolução das receitas deste embelma alemão.

Se no plano da concorrência directa, ditada, afinal, pela dimensão dos respectivos mercados internos, FC Porto, Benfica e Sporting só podem ombrear com as melhores equipas europeias a partir de engenhosas gestões desportivas, sejam elas baseadas na formação própria ou na valorização do "import-export", também não é menos verdade que o Estado português não tem agido para tentar ajudar estas empresas de ponta de uma indústria que apesar dos passos em falso tem conseguido como poucas outras impor o nome do País e obter ganhos consideráveis para o próprio erário público, traduzidos em milhões e milhões de euros em vendas de jogadores para o estrangeiro.

E não se diga que as políticas das administrações públicas não são influenciadoras da concorrência desportiva na União Europeia: basta recordar que a vizinha Espanha adoptou como medida de protecção à indústria do futebol a aplicação aos futebolistas estrangeiros de uma taxa de IRS reduzida a 25 por cento, enquanto em Portugal, essa taxa permanece nos 42 por cento apesar dos repetidos pedidos de clubes e sociedades desportivas para que a carga fiscal se torne menos pesada.

Fonte: Jornal O JOGO

quinta-feira, 2 de abril de 2009

«Peta» de 1º de Abril ou mais «pioneirismo»?


Ainda desconfiei que fosse «peta» de dia 1 de Abril, mas não era.

É que o último FC Porto-SLB ainda mexe. No rescaldo dessa partida, a comissão de arbitragem fez o seu maior reparo ao árbitro por este não ter marcado um penalty contra o SLB ainda no decorrer da 1ª parte.

Vamos fingir que esta imagem não existe... Agora, e a poucos dias do importante jogo entre o Guimarães e o FC Porto, a Comissão Disciplinar da Liga decide punir Lisandro Lopez por ter simulado a penalidade que o árbitro marcaria na 2ª parte. A imagem que disponibilizamos sobre a jogada foi feita pelo Portal dos Dragões e correu mundo. A posição do defesa do SLB, mais concretamente aquele "braçinho" no peito do Lisandro, denunciam muita coisa. A Liga não achou, e como diz o site oficial do nosos clube, optaram por reinventar as leis da física.

Em que ficamos perguntará o leitor? Uns decidiram cedo e bem, e estes últimos tarde e mal? O que seria realmente desejável é que estes senhores da Liga pudessem dar uma imagem de «conjunto», e não esta amálgama de decisões que, desconfia-se, tem outros objectivos...

Este castigo ao Lisandro Lopez deve ser totalmente inédito. É perseguição da Liga? Não senhor! Trata-se apenas e tão só de pioneirismo puro?

Fomos o clube que estreou os célebres sumaríssimos, porque não haveríamos de ser nós também a estrear este tipo de castigos?

Corrijam-se se estiver enganado, mas não me lembro de semelhante castigo a coisas bem mais dissimuladas que por vimos por aí nesta Liga.

Mas este «circo» da Liga tem um humor cada vez mais rebuscado. Ultrapassada a aventura de ir ao site e abrir um ficheiro «zipado» de 11 megabytes até desencantar a decisão sobre Lisandro, eis que nos deparamos com mais uma pérola. Vou transcrevê-la de tão deliciosa que é:

"a) sancionar a «Futebol Clube do Porto - Futebol, SAD» com a pena de multa de 500 euros, nos termos do disposto pelo artigo 99º - «da inobservância de outros deveres» - do Regulamento Disciplinar da LPFP, por violação do dever de urbanidade e correcção previsto no artigo 18º, nº 3, em referência ao artigo 18º, nº 1, ambos do Regulamento de Competições da LPFP, por parte do Sr Antero José Gomes da Ressureição Henrique, delegado ao jogo/dirigente da sociedade desportiva"

Bom...neste tipo de situação não podemos falar em pioneirismos. Não se percebe é se o Sr. Rui Costa e outros responsáveis, que já são «habitués» em situações escabrosas juntos dos tunéis de acesso aos balneários, já alguma vez terão sido alvo de um sansão por falta de urbanidade e correcção. Desta feita, nem o Antero Henrique escapou.

Carlos Xistra está «mobilizado», Lisandro está «out» por ser batoteiro, bem...promete. Guimarães é a barreira que se segue.

Em cortesia com o site www.fcporto.ws

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Sony baixa preço da PlayStation 2

A Sony anunciou que a PlayStation 2 irá ver o seu preço reduzido em 30 euros, passando o PVP recomendado a ser de 99,99 euros já a partir do dia 1 de Abril. A empresa anunciou, ainda, que este ano esta plataforma terá cerca de 1900 jogos disponíveis.

Recentemente, vários sites na Internet noticiavam o facto de a Sony estar a ser alvo de críticas por parte dos programadores de jogos, pelo facto de a actual PlayStation 3 ser demasiado cara relativamente à concorrência. Há até quem julgue que a empresa está a baixar o preço da consola errada. Todavia, segundo o site ArsTechnica, a Sony afirma que «não temos quaisquer planos para reduzir o preço da PS3, e quaisquer rumores nesse sentido são falsos e resultam de pura especulação».

A PS2 é uma consola de jogos com imenso sucesso, tendo vendido até Dezembro de 2008 136 milhões de unidades a nível mundial.

Fonte: Revista ExameInformática