quarta-feira, 26 de maio de 2010

Conheça as séries online mais vistas em todo o mundo - vídeos

As séries online têm conquistado um público cada vez mais fiel. Todos os meses a empresa Visible Measures, especializada em medir o consumo e distribuição de vídeos na Internet, elabora uma lista das séries online mais vistas em todo o mundo.

Em primeiro lugar no mês de Fevereiro está a “The Annoying Orange”, uma série que segue uma fórmula que resulta. Episódios de dois ou três minutos nos quais uma laranja irrita todos os outros frutos da cozinha. A premissa é simples e resulta num humor descontraído e eficaz.

A série “Fred” desceu para segundo lugar este mês. Lucas Cruikshank retrata a personagem Fred, um adolescente norte-americano cujo canal no Youtube teve mais de 1 milhão de assinantes.

Em terceiro lugar estão os “Happy Tree Friends”, um desenho animado de humor negro. Com uma aparência típica de bonecos infantis, a série é extremamente violenta, com todos os episódios a acabar em sangue e mortes violentas. No entanto, no episódio seguinte todas as personagens aparecem vivos e ilesos, ajudando a explicar o nonsense da série.




Fonte: Jornal I

01. Copa Aleixo - África do Sul

Com o mundial a chegar ao blog (!!), teremos todos os dias um grupo de comentadores para falar de todas as selecções que vão ao mundial. Aqui fica o primeiro:

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Jogos viciados, títulos comprados...



Caros Portistas,

1. na sequência da perseguição assumida pela Comissão Disciplinar da Liga ao FCPorto, na constante procura de interpretar regulamentos e leis de forma a prejudicar os dragões na luta pela revalidação do título de campeão nacional;

2. no sentido de garantir que a justiça desportiva continua "íntegra, justa e responsável" conforme defende o presidente da CD da liga;

3. na sequência das notícias veículadas pelos vários orgãos de comunicação social, que noticiam as ameaças de morte feitas a árbitros, durante a época que agora terminou, por parte de adeptos lampiões;

4. comprovando-se que de facto são SÓCIOS e adeptos lampiões os responsáveis pelas ameaças efectuadas durante a época;

Exige-se que de imediato o Sr presidente da CD exerça o seu papel com a mesma celeridade e o mesmo sentido de justiça que tanto procurou para aplicar castigos em cima de castigos ao Futebol Clube do Porto zele pela justiça desportiva e ao abrigo do artigo 54º do regulamento disciplinar da LPFP com a respectiva aplicação do disposto no artigo 51º, conforme segue.

    Artigo 54.º - Coacção 1. Os Clubes que exerçam violências físicas ou morais sobre delegados da Liga, observadores de árbitros, dirigentes, jogadores, treinadores, secretários ou auxiliares técnicos, médicos, massagistas e delegados ao jogo do Clube adversário, que ocasionem inferioridade na sua representação aquando dos jogos oficiais e contribuam para o desenrolar deste em condições anormais, serão punidos nos termos do n.º 2 do Art.º 51.º. 2. Se os factos referidos no número anterior forem cometidos sobre qualquer elemento da equipa de arbitragem com o fim de, por qualquer forma, ocasionar condições anormais na direcção do encontro com consequências no resultado ou levem o árbitro a falsear, por qualquer modo, o conteúdo do boletim do encontro, o Clube serão punidos nos termos do n.º 1 do Art.º 51.º. 3. Os factos referidos nos n.ºs 1 e 2, quando na forma de tentativa, serão punidos com pena de derrota e multa acessória de € 12.500 (doze mil quinhentos euros). 4. Os Clubes são considerados responsáveis, nos termos dos números anteriores, pelos factos cometidos, directa ou indirectamente, por qualquer dos seus dirigentes ou representantes, sócios e funcionários. Artigo 51.º (...) a) Baixa de divisão; b) Multa de € 50.000 (cinquenta mil euros) a € 200.000 (duzentos mil euros). 2. Se o ilícito for cometido na forma de tentativa, o Clube será punido com as seguintes penas: a) Subtracção de seis pontos na classificação geral; b) Multa de € 25.000 (vinte e cinco mil euros) a € 100.000 (cem mil euros).
Pois verifica-se que houve CLARA e EXPRESSAMENTE uma tentativa de condicionar o trabalho das equipas de arbitragem directamente ameaçados por essa cambada de insurrectos lampiões!

Recordemos pois que ao se verificar tal situação, o clubezeco da 2ª circular é já reincidente (lembremos a agressão do "diabo de gaia" ao fiscal de linha que mais tarde validou o golo em fora-de-jogo aos lampiões, que lhes deu a vitória na capelinha da luz, frente aos dragões);

Cabe-nos a nós portistas, fazer passar esta mensagem a todas as pessoas que conseguirmos para mostrar ao mundo que a justiça desportiva em Portugal é podre e declaradamente ANTI-PORTISTA e move-se a toque de caixa vermelha-e-branca na tentativa de perpetuar o imperialismo lisboeta contra aqueles que procuram todos os dias através do trabalho, dedicação e qualidade mais que reconhecida por toda a Europa e pelo mundo e por todos os profissionais que têm o privilégio de ostentar o símbolo do dragão.

Se nos tentam derrotar na secretaria é pela secretaria que nos temos que defender expondo a podridão do futebol na sua verdadeira cor: o vermelho!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Crónica de Rui Moreira: A festa da Taça

1 No Jamor, apesar de algumas clareiras, os adeptos portistas e flavienses fizeram uma festa bonita nas imediações do estádio, onde partilharam feijoada à transmontana e, depois, nas bancadas onde repartiram as emoções de um jogo bem disputado, num clima de amena confraternização.

2 Só não entendo por que razão os Super Dragões insistem em cânticos dedicados ao Benfica que a maioria dos adeptos portistas detesta, mas essa é uma velha obsessão que, pelos vistos, está para durar, e não deixa de ser verdade que são eles quem anima os festejos e nunca deixa de incentivar a equipa, mesmo quando as coisas não estão a correr bem.

3 Para os transmontanos, a inusitada presença na final, ainda por cima numa época em que a sua equipa foi despromovida e o clube atravessa graves problemas financeiros, era razão suficiente para o entusiasmo que mostraram, mas a incerteza no marcador, nos últimos minutos, foi o maior dos prémios para quem viajou quase mil quilómetros…

4 Gostei de ver Jorge Jesus na Tribuna de Honra, onde esteve a convite de Gilberto Madaíl. A presença do técnico campeão nacional é uma nota de fairplay que merece ser realçada.

5 Foram estes, em suma, os aspectos positivos de uma final da Taça de Portugal que não deixa saudades, porque a exibição do FC Porto foi inaceitável. É verdade que a tarefa parecia demasiado fácil, e também é notório que o relvado do Estádio Nacional não é propício a grandes espectáculos, mas nada disso desculpa a falta de empenho e de concentração de alguns dos seus jogadores nucleares, como é o caso de Bruno Alves e Raul Meireles, e a habitual sobranceria de Helton que, inexplicavelmente, roubou o lugar a Beto.

6 Acima de tudo, essas atitudes representam uma falta de respeito para com os adeptos e para com o clube, que tem outras tradições. Seja quem for o treinador do FC Porto para a próxima época — e calculo que não seja Jesualdo porque não deixei de notar que não cumprimentou o presidente quando foi receber a sua medalha — espero que visione o que se passou no Jamor e tire as suas conclusões sobre quem são os jogadores com que pode contar.

7 Depois, quando os adeptos dos dois clubes regressavam tranquilamente a casa, aconteceu aquilo que já se temia, depois da encenação que foi montada durante os dias que antecederam a final, e que teve o seu episódio mais lamentável na notícia falsa, divulgada pela BenficaTV, de que um adepto benfiquista morrera depois dos distúrbios que ocorreram em Braga.

8 Nada disto mereceu grande atenção por parte de grande parte da comunicação social. É compreensível, porque de cada vez que o FC Porto, com os seus dirigentes, atletas ou adeptos, ruma à capital, sucede este tipo de acontecimentos que, por isso, já não é merecedor de qualquer destaque. Ou seja, são factos que, de tão repetidos, já deixaram de ser notícia. Deve ser essa a explicação para tal critério jornalístico…

Tempo de mudança
COMPREENDO a amargura de Jesualdo, que já saberá que o clube pretende rescindir o seu contrato. Durante quatro anos, conseguiu um feito inédito no FC Porto, obtendo três vitórias sucessivas no campeonato. Enquanto adepto, estou grato por tudo o que trouxe ao clube. Admiro a sua postura, não esqueço que foi capaz de falar com coragem quanto o presidente estava amordaçado. O seu nome fica ligado a um ciclo inesquecível. Em condições normais, Jesualdo teria condições para continuar ligado ao clube, mesmo não tendo ganho o campeonato. Ninguém duvidará da sua competência e do seu empenho, mas a atitude da equipa nesta final ilustra bem porque razão o clube tem de mudar de rumo.

Entradas e saídas
NÃO há pachorra para as declarações do pai de Bruno Alves a propósito da sua saída do FC Porto. Ao que se sabe, o atleta tem sido bem tratado pelo clube, e terá uma cláusula de rescisão que foi livremente negociada e que resultou num benefício salarial. Da parte do FC Porto, tudo tem sido feito para acautelar os interesses de um homem da casa, que os adeptos acarinham e que ostenta a braçadeira de capitão. Se o senhor Washington entende que o filho já passou tempo demais no FC Porto e deve ir para um clube com maiores objectivos, então que arranje esse clube. O FC Porto ficará com os euros, e com a recordação de um bom atleta que deu muito ao clube, e a quem o clube também muito deu.

Um jogador em forma
GUARÍN, que era um jogador mal-amado por alguns adeptos do FC Porto, acabou a época em grande forma. As alterações que Jesualdo Ferreira se viu forçado a adoptar por força da onda de lesões acabaram por permitir que os seus dotes fossem, finalmente, reconhecidos. O colombiano não se limitou a fazer golos fantásticos: esteve, também, muito bem tacticamente, fazendo boas assistências e combinando bem com o seu compatriota Falcao. Tendo contribuído para um excelente final de época da equipa, deixou de ser um atleta dispensável e poderá ser uma das grandes aquisições e um dos esteios na nova equipa do FC Porto que agora vai ser construída, principalmente se o sistema de jogo for alterado.

Spock, o inquisidor
RICARDO ARAÚJO PEREIRA, o inquisidor-mor, anda incomodado por eu ter uma crónica n'A BOLA e fazer um programa de televisão, e pergunta para quando um programa de rádio… Tanta cobiça, e logo da parte de quem tem tempo para escrever crónicas numa revista e neste jornal — ainda que por compreensível falta de tempo, se dedique ao copy/paste fora de contexto daquilo que os outros cronistas escreveram —, para fazer um programa de rádio e ainda consegue fazer anúncios de duvidoso humor? Não sei se o RAP ainda se lembra do seu saudoso sketch sobre o machadez, mas como diria o verdadeiro Manuel Machado, «um vintém é um vintém…».

Rui Moreira n' O Jogo.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Jack Bauer: como se destrói o último herói da América - vídeo

Se alguma série representou a era pós-11 de Setembro na televisão, foi "24", o drama da Fox que fez do contraterrorismo uma forma de entretenimento ao longo de nove anos. Em "24", a tortura salva vidas. Em "24", os telefones estão sob escuta, as conspirações são derrubadas, os terroristas são mortos e um homem, Jack Bauer, nada teme para proteger o povo americano. Para os espectadores, numa era de inimigos sombrios, "24" é em parte "soma de todos os medos" e em parte "satisfação dos desejos". Para a Fox, o relógio que é marca registada da série está prestes a deixar de funcionar. Quase uma década após os ataques do 11 de Setembro de 2001, o programa vai chegar ao fim. A temporada que passa em Portugal na RTP2 e Fox Crime (a partir de quarta-feira), a oitava, será a última.

Numa entrevista há cerca de um mês, Kevin Reilly, o presidente da divisão de entretenimento da Fox, afirmou: "É uma decisão difícil para todos os envolvidos." A primeira vez que "24" captou a atenção da América foi no final de 2001. A primeira temporada, que envolvia a explosão de um avião de passageiros e uma tentativa de assassinar o presidente, entrou em produção muito antes dos ataques de 11 de Setembro, mas a sua estreia ocorreu oito semanas depois da tragédia. Na altura, a crítica do "The New York Times" assinalou a "terrível convergência entre a vida real e a fantasia de Hollywood".

No final desta temporada, em Maio, "24" irá, possivelmente, sobreviver como filme no cinema e, de certeza, nas salas de aulas e manuais escolares. A série inspirou o discurso político do país de uma forma que poucas outras fizeram, em parte porque trouxe de novo à memória a ameaça do tiquetaque da bomba-relógio que assombrou a facção Cheney do governo americano nos anos a seguir ao 11 de Setembro.

Herói?

Walter Gary Sharp, professor-assistente da Universidade de Georgetown que leccionou a cadeira "The Law of '24'" (A Lei de "24") em 2007/08, acha que a série serviu como "uma ferramenta para estimular o debate público a ajudar os povos e os governos de todas as nações a avaliar os limites correctos nos esforços das democracias para combater o terrorismo". A personagem de Bauer, um agente secreto interpretado por Kiefer Sutherland, tornou-se numa bandeira do contraterrorismo que não conhece limites e os seus métodos foram invocados por funcionários da administração Bush, candidatos presidenciais republicanos e até por Antonin Scalia, juiz do Supremo Tribunal. John Yoo, que, como jurista do Departamento de Justiça, ajudou a definir as técnicas de interrogatório da administração Bush, questionou num livro publicado em 2006: "E se, tal como foi retratado em '24', a popular série televisiva da Fox, fosse capturado um importante líder terrorista que soubesse a localização de uma arma nuclear numa cidade americana? Deveria ser ilegal o presidente utilizar um interrogatório implacável, sem tortura, para trazer a lume esta informação?"

Ou Vilão?
 
Mas pelas mesmas razões que a série encontrou fãs da era Bush, também enfrentou um escrutínio severo pelas suas descrições de tortura. "A um certo nível, '24' é apenas um grande grito de aprovação da tortura", escreveu numa mensagem de email David Danzig, director-adjunto do programa da Human Rights First, uma organização sem fins lucrativos. "Aqueles que entre nós vêem bastante a série - e existem dezenas de milhões que o fazem - sabem exactamente aquilo que vai acontecer assim que Bauer começa a espancar um suspeito. Ele vai falar." Para Danzig, as sequências de tortura são enganosas, porque contribuíram para o mito de que a tortura era eficaz. Ele lembra também que Gary Solis, antigo director do programa de Direito Militar da universidade de West Point, lhe disse uma vez que "24" era um dos maiores problemas das suas aulas. Num email enviado no mês passado, Solis escreveu que quando ensina a moderação no campo de batalha durante as suas aulas, uma resposta comum dos seus cadetes é: "Sim? O senhor viu o Jack Bauer ontem à noite? Ele alvejou um prisioneiro no joelho e o tipo falou."

Os professor de Direito Militar gosta da série, mas preferia que as cenas de tortura fossem suavizadas, se não mesmo totalmente eliminadas. Da mesma maneira, outros oficiais disseram que "24" influenciou o comportamento dos interrogadores na Baía de Guantánamo. Segundo o livro "The Dark Side", escrito por Jane Mayer em 2008, Diane Beaver, uma advogada militar em Guantánamo, contou a um colega advogado que Bauer "pôs demasiadas ideias nas cabeças das pessoas".

O Human Rights First, grupo de Danzig, reuniu-se com os produtores de "24", em 2006, e apresentou-os a interrogadores verdadeiros, em 2009. Ele reparou que a série evoluiu ao longo do tempo - Bauer enfrentou um julgamento pelas suas acções de tortura na 7.a temporada - e afirma que "existe agora um pouco mais de sensibilidade em relação às descrições de tortura". Contudo, continua, "a mensagem não se alterou".

Bauer tem a palavraEm Janeiro, Sutherland disse sobre as sequências de tortura: "Isto é um programa de televisão. Não estamos a dizer às pessoas para fazerem isto em casa."

O actor também recusou acusações de uma inclinação política em "24". "Uma das coisas que sempre me deixaram inacreditavelmente orgulhoso do nosso programa é que ele podia ser discutido ao mesmo tempo pelo ex-presidente Bill Clinton e pelo Rush Limbaugh [comentador republicano], com ambos a citarem-no para justificarem os seus pontos de vista."

Durante anos, "24" atraiu regularmente entre dez a 14 milhões de espectadores. Sendo o primeiro programa importante da década a ser concebido como uma série, "24" abriu caminho para dramas como "Lost - Perdidos", por exemplo. Grande parte do crédito deve ser dado à personagem de Bauer, o arquétipo do herói da era do contraterrorismo. "Toda a gente adora um homem de acção, alguém maior do que a realidade, como John Wayne, um herói que salva o dia, indiferente ao seu sacrifício pessoal. E Jack Bauer salva o dia em todas as temporadas", afirma Sharp, o professor de Direito de Georgetown.

No entanto, tal como muitas séries com alguns anos, "24" perdeu audiência. Até ao momento, esta última temporada atingiu uma média de 11,5 milhões de espectadores nos EUA. O seu cancelamento foi noticiado pela primeira vez no início de Março pelas publicações de negócios de televisão e ainda surgiram rumores que a NBC poderia recomeçar o programa. Mas a estação negou.

Um guião para um filme de "24" encontra-se em fase de desenvolvimento, embora não esteja garantido. Em entrevista recente, Sutherland afirmou que o filme seria uma "representação em duas horas das 24 horas de um dia". Para Jack Bauer, há sempre o tiquetaque de uma bomba-relógio que é preciso neutralizar.

A última temporada de "24" está a passar no FOX Crime à quarta-fera às 22h15  e e na RTP2, à quarta-feira às 22h40  

Fonte: Jornal I

Sony serve um cocktail de inovações contra a Apple


Steve Jobs acertou num nervo sensível da Sony quando disse, no final de Janeiro, que a Apple é hoje "a maior empresa de equipamentos móveis do mundo". O CEO da fabricante norte-americana referia-se aos lucros recorde com os portáteis Mac, leitores digitais iPod e telemóveis iPhone.

E tinha razão, Steve Jobs. Em pouco menos de dez anos, a Apple atirou a antiga rainha japonesa da electrónica de consumo para o canto das gigantes a ganhar mofo no campo da inovação. Empresas coreanas, como a LG Electronics, estão a ganhar-lhe terreno. A conterrânea Nintendo estragou os planos da PlayStation 3 e os telemóveis Sony Ericsson perdem quota de trimestre para trimestre. A Sony está verdadeiramente chateada. E agora, quer o ceptro de volta.

Contra-Ataque
O plano da Sony é desenvolver uma nova categoria de produtos móveis. Segundo fontes citadas pelo "Wall Street Journal", a empresa liderada por Howard Stringer tem no forno um supertelemóvel que também vai ter PlayStation, uma espécie de híbrido entre uma PlayStation portátil e a gama de smartphones que a sua participada Sony Ericsson já produz. Embora a Sony esteja a trabalhar com a sueca Ericsson neste supertelemóvel, desta vez decidiu tomar um papel mais activo na concepção do modelo. É que as vendas da Sony Ericsson estão cada vez piores (caíram 41% em 2009) e os japoneses querem que este telemóvel seja um sucesso comparável ao iPhone.

O plano prossegue com um outro produto-mistério, que será um cruzamento entre os miniportáteis e os leitores de livros electrónicos (e-book readers). A Sony foi uma das pioneiras no lançamento destes aparelhos, há seis anos, mas não conseguiu desbravar o mercado. Foi preciso que a Amazon lançasse o Kindle, em 2007, para que os e-readers ganhassem visibilidade. No entanto, o alvo da Sony com o novo produto não é este: trata-se de um ataque ao iPad, que a Apple lançará nos Estados Unidos a 3 de Abril, conforme informações reveladas ontem. Também este aparelho terá acesso aos videojogos da PlayStation. Ambos serão lançados em 2010, mas ainda não se sabe exactamente quando.

Anti-iTunes
Está na hora de reclamar a herança dos leitores portáteis de música. A Sony inventou o conceito com o velhinho Walkman, mas deixou-se ultrapassar na era digital. As tentativas têm falhado porque os produtos não são bons, quando comparados com o iPod e a correspondente loja iTunes. Quem já experimentou o SonicStage da Sony percebe porque não tem sucesso: falta-lhe a rapidez e a polidez do iTunes, bem como coisas básicas (por exemplo, não se consegue escolher músicas pelo nome, só por artista ou álbum!).

Por isso, Howard Stringer está a ultimar uma nova plataforma online, provisoriamente chamada Sony Online Service. Esta loja multimédia vai oferecer música, filmes e programas de televisão, muitos deles já disponíveis no iTunes. Mas a grande novidade vai ser o extenso catálogo de jogos, principalmente os mais antigos, que a PlayStation original (1995) celebrizou.

"Esta é a visão, mas ainda não é claro que passos específicos a Sony vai tomar para chegar lá, em especial quando o iPad e outros aparelhos móveis avançados estão a inundar o mercado", disse ao "Wall Street Journal" Nobuo Kurahashi, analista de electrónica de consumo na corretora Mizuho Investors Securities. A concretização estará a cargo do vice-presidente sénior Kunimasa Suzuki, que foi promovido no ano passado como parte do plano de reestruturação. A Sony quer voltar aos lucros. Mas, acima de tudo, a empresa que inventou o Video8 e as televisões Trinitron quer voltar a ser vista como a mais inovadora do mundo.

Fonte: Jornal I

Crónica de Miguel Sousa Tavares: Uma tarde mal passada

1 Não vale a pena reabrir a discussão sobre o local da final da Taça, mas, já que tanto se quer manter o Jamor como palco tradicional e mais digno para a final, o mínimo exigível é que o relvado esteja em condições para um bom jogo — o que não foi o caso desta final, jogada num tapete ondulado.
No final do jogo e muito mal disposto (só podia...), Jesualdo Ferreira queixou-se da imprensa desportiva, que não deu ao jogo a importância que ele tinha. É verdade que não, mas também não sei de que estaria ele à espera: como é que uma final sem clubes de Lisboa, entre o Porto e o Chaves, poderia interessar à imprensa desportiva da capital, ainda a viver em plenos festejos do título do Benfica? É óbvio que a excursão a Timor do presidente do Benfica tinha muito mais importância do que o encerramento da época no Jamor — sem Benfica. Convém recordar a Jesualdo que, na véspera do FC Porto conquistar em Geselkirchen o segundo título europeu da sua história, a primeira página da nossa imprensa desportiva era a notícia de que o Benfica (então em 4º lugar), iria mudar de treinador no ano seguinte!

O problema, porém, é que, depois de assistir à exibição da equipe do FC Porto no Jamor, é caso para dizer que Jesualdo deveria ter começado por lamentar e se indignar com os seus jogadores pela falta de respeito que eles mostraram para com a final, com o adversário e com o público. Vi adeptos portistas regressados do Jamor envergonhados como se tivessem sido vencidos e sem vontade alguma para comemorar a 15.ª Taça de Portugal levada para casa. De facto, a equipa parece ter feito questão de se despedir da época e dos adeptos com uma demonstração de sobranceria, indiferença e falta de profissionalismo que, não sendo costume nela, mais me chocou. Começou tudo em Helton, esforçando-se por oferecer três golos apenas na primeira parte, o primeiro deles numa daquelas atitudes de displicência que o caracterizam e que tanto irritam os adeptos (espero que, se Jesualdo continuar, tenha finalmente percebido que não há mais lugar para o Helton na baliza). Depois, foi Hulk, esbanjando três golos também nos primeiros 45 minutos, acompanhado em mais uma ocasião por Falcao. E um jogo que podia ter acabado com 5-0 ao intervalo, acabou num 2-1 tangencial, depois de Bruno Alves resolver também despedir-se do jogo, da época e talvez do clube, oferecendo um golo e fazendo-se expulsar, minutos antes de ter de subir à tribuna para, enquanto capitão da equipa, receber a Taça das mãos do Presidente da República. Foi lastimável. Mau de mais para ser ultrapassado com a vitória. E é pena, porque agora o futebol de clubes vai de férias e, como é sabido, as últimas imagens são as que mais ficam.

2 Seguramente que terá sido com as melhores intenções, mas, realmente, não deu para entender o que terá levado a direcção do Benfica a emitir um comunicado desejando que a final da Taça não tivesse incidentes fora das quatro linhas. Que tinham eles a ver com isso — será que já ocuparam o Ministério da Administração Interna e a gente não sabe? Não vi comunicados do Sporting, do Belenenses, do Paços de Ferreira...

3 E, por falar em direcção do Benfica: a gente respeitável que lá está deveria olhar de frente e tomar uma atitude em relação à BenficaTV. Tão longamente esperado, planeado e anunciado, certamente que o que se quis com o canal não é aquilo que existe: uma tribuna de incitamento ao insulto, ao ódio, à violência, mesmo. Não vale a pena andar a fazer comunicados ou discursos de boas maneiras quando depois se sustenta uma coisa daquelas. A BenficaTV (onde eu próprio já fui insultado em termos demasiadamente ordinários para serem reproduzidos) não honra o Benfica nem deixa bem a sua direcção. Espero e desejo que não apareçam um PortoTV ou um SportingTV para responderem na mesma moeda, porque então é que o clima ficará irrespirável. Isto é como as claques desordeiras: não há boas nem más, são todas um cancro no futebol. A diferença é que, enquanto que as claques são dificilmente controláveis pelos clubes (muitas vezes são até elas que mandam neles), já um canal de televisão depende inteiramente da direcção do clube. Não há desculpas.

4 Se em Lisboa, Rui Costa pôde entregar ao Papa uma camisola com o símbolo do clube (num gesto, em minha opinião, de um ridículo e de uma presunção patéticos), já no Porto, o FC Porto não pôde sequer pendurar um pendão, aliás discreto e bonito, de saudação ao Papa e ao lado de outros. Rui Rio não deixou, naquele seu estilo nordestino de governar. Nem mesmo a visita do Papa o comoveu e convenceu a abrir tréguas na sua paranóica guerra contra o clube maior da cidade. Coitado, a verdade é esta: o FC Porto é conhecido no mundo inteiro e, graças a ele, também a cidade do Porto; e Rio, é conhecido onde?

5 Sete defesas centrais entre os 24 para a África do Sul, não são centrais a mais: é uma invasão, um delírio, um ataque de cagaço que não augura nada de bom. Eu sei que dois deles são escalados para servirem de trincos, mas, quando os centrais servem para trincos, isso diz muito sobre as ideias do treinador. E é justamente no meio-campo criativo e ofensivo que a Selecção de Queiroz tem o seu ponto fraco. Nada a dizer dos guarda-redes (Beto foi uma surpresa inteiramente merecida), dos defesas ou dos avançados — são tudo escolhas óbvias e consensuais. Mas o meio-campo que há-de construir jogo para ganhar é o problema principal desta equipa: são muito poucos e não são particularmente bons.

O Benfica tem um jogador na Selecção; o Sporting tem dois, um dos quais naturalizado recentemente e de propósito para a ocasião; o FC Porto tem quatro — e podia ter cinco, se Varela não se tem lesionado, e talvez seis, se o mesmo não tivesse sucedido a Ruben Micael. E, a esses quatro, há a juntar outros cinco, que jogam lá fora, idos directamente do FC Porto. É um orgulho para as nossas cores.

E agora vem aí a penosa travessia deste mês de estágio da Selecção, com as insípidas notícias sobre o bacalhau e a vitela com grelos, o treino da manhã e o treino da tarde, os «directos» do hotel e as declarações dos jogadores — que só variam entre a expectativa das meias-finais, da final ou mesmo do título. E uma enxurrada daquele insuportável hino que Carlos Queiroz (porquê ele?) resolveu escolher como hino da Selecção. Português.... cantado em inglês. I´ve got a feeling de que este mês vai ser um aborrecimento sem fim. Oxalá, ao menos, o estágio seja de bom proveito.

6 Fantástico o embate entre Mourinho e Van Gaal: ambos com um passado comum e simultâneo no Barcelona, chegam à final de sábado da Champions trazendo no bolso a Taça e o campeonato da Alemanha e da Itália. Tenho pena que a dureza excessiva do castigo da UEFA a Ribéry o impeça de disputar o jogo mais importante do ano, onde todos os grandes jogadores das equipas finalistas deveriam estar sempre. E espero que não seja um jogo muito táctico, porque seria um desperdício. Eu sei que, como dizem, as finais são para ganhar e não para jogar bonito, mas, se o grande futebol não aparece nas finais com as grandes equipas, aparece quando? Eu acho o Bayern melhor equipa que o Inter, mas o Inter tem o «factor Mourinho» e isso conta e de que maneira!

Miguel Sousa Tavares n' A Bola.

sábado, 15 de maio de 2010

Crónica de Rui Moreira: 'Fair play' e bom senso

HÁ dias, questionado sobre a hipótese já então mais do que provável de o Benfica se sagrar campeão, e depois de desejar que, no próximo ano, o FC Porto volte a ser a melhor equipa e que «tenha a oportunidade de o ser», conclui que «o Benfica teve mérito, a melhor equipa, o melhor treinador, mas se não tivessem acontecido certas coisas o FC Porto teria tido a oportunidade de competir até mais tarde». Não deixei de constatar que havia culpas próprias, nomeadamente do treinador, e lembrei que «Jesualdo disse sempre que foi ele que avalizou todas as compras e vendas de jogadores» e que «gostaria de ver mais portugueses no plantel, nomeadamente os que estiveram no Olhanense».

Em entrevista publicada no dia seguinte, Pinto da Costa diria que «o Benfica vai provavelmente ganhar o campeonato. Se tivermos em conta o que se passou nalguns jogos poder-se-ia pôr em causa muita coisa, mas eu não quero ir por aí. (…) Acho que o Jesus, com a sua maneira de ser, com espalhafato e entusiasmo, galvanizou o próprio público e a equipa foi atrás. Realmente o grande mérito da vitória do Benfica é do Jesus». Além disso, garantiu que Ukra ficará no plantel e lembrou que «os técnicos é que avalizam quem fica. Nenhuma direcção manda um jogador embora se o técnico os quiser, até porque é mais fácil ficar com os nossos» e acrescentou que o «FC Porto vai ter muito mais jogadores formados no clube no seu plantel principal». Pelos vistos, as nossas opiniões coincidem no essencial, o que deve aborrecer alguns dos que se apressaram a criticar as minhas declarações.

É evidente que nenhum portista esquecerá a toupeira e os critérios da arbitragem, nem aqueles que, na comunicação social, branqueiam tudo o que é vermelho. É fácil de imaginar o clima de suspeição que reinaria no país se, porventura, o FC Porto tivesse ganho um campeonato depois de tantas, e tão estranhas, situações. Nessa matéria, aliás, ninguém me dará lições, já que nunca calei a minha revolta pelas jogadas subterrâneas que, neste campeonato de túneis e toupeiras, desvirtuaram a verdade desportiva. Dito isso, acho bem que, mais não seja por fair-play, não se siga o exemplo dos adversários, que nunca reconheceram o mérito das inúmeras vitórias do FC Porto, que sempre agitaram o fantasma da suspeita. A verdade é que, também nisso, devemos ser os melhores. Mas, no caso de Pinto da Costa, o reconhecimento do mérito do adversário não é apenas um gesto de desportivismo: é um sinal de que reconhece que houve erros e de que sabe que o clube terá de reagir e de se reajustar para voltar a ganhar, mesmo contra ventos e marés, como aliás sempre aconteceu. É por isso que o entusiasmo dos benfiquistas, que alguns acham exagerado, é legítimo e compreensível, porque sabem que esta rara vitória no campeonato, em que gastaram tantos trunfos, é um acontecimento raro e difícil de replicar.

Os critérios da arbitragem
JORGE DE SOUSA, que não era benquisto na Luz, resolveu participar activamente no jogo da consagração, com grande dualidade de critérios. Enquanto os vilacondenses eram perseguidos por cartões, os jogadores do Benfica jogaram à-vontade. Aos onze minutos o Rio Ave estava reduzido a dez, depois de um vermelho directo a punir uma jogada que, sendo violenta, em nada difere de muitas outras de jogadores do Benfica, como David Luiz, Luisão e Maxi, que raramente merecem sequer um cartão amarelo. Enquanto a passadeira encarnada era montada, Xistra ia prejudicando o Braga na Choupana. Esta última jornada foi o fiel espelho de um campeonato em que o Benfica beneficiou de regras especiais e exclusivas.

Assim é mais fácil
OBenfica foi, de longe, a equipa que mais vezes jogou em vantagem numérica, o que sucedeu num terço dos jogos. Foi, também, a equipa que beneficiou de mais penalties. Esses são dados objectivos. Pelo contrário, o FC Porto foi a equipa mais prejudicada por erros de arbitragem. Claro que Ricardo Araújo Pereira, que só lê aquilo que lhe convém e quem lhe interessa — ou seja as versões e interpretações de certos especialistas que acham que o Benfica deve jogar com regras diferentes dos outros — dirá que sou um leigo. Tem razão e não tenho outras pretensões, mas tenho opinião própria, conheço as regras, e prefiro escrever crónicas sobre o futebol que se joga no relvado a tratar de obsessões.

A exemplar Benfica TV
NO Trio de Ataque, chamei a atenção para apelos à violência feitos na Benfica TV. No You Tube é fácil encontrar um vídeo de um programa em que o mestre em direito António Pragal Colaço diz, entre outros dislates, que «se as autoridades deste país não têm capacidade para domar a fera, não é, tem de se arranjar outros meios», que «tem de se utilizar outros métodos», que «vamos ter de puxar das armas», que «quando puxarmos das armas, não esperamos, nem queremos esperar que venham, determinado tipo de senhores, evitar aquilo que nós já devíamos ter feito há muito tempo», que «este é o momento certo para nós nos unirmos e para nós, como povo, pegarmos nas armas». Exemplar!

E o MAI espera o quê?
NOUTRO programa Em Linha, Edição da Noite de 4 de Maio, Pragal apelou à retaliação contra os ataques às casas do Benfica, e garantiu que essa acção já estava programada. Não sei se foi por isso, mas, depois desse incitamento, as casas do FC Porto em Viana, Bragança e Caldas foram vandalizadas. Lamento e condeno as contra-manifestações que, aqui e ali, perturbaram a festa dos benfiquistas, tal como há muitos portistas e benfiquistas que se insurgem contra qualquer acto violento, mas pergunto-me o que se teria dito, e o que teria acontecido se o FC Porto adoptasse este discurso, através de um veículo oficial. Provavelmente, o ministro da Administração Interna já teria feito qualquer coisinha.

Rui Moreira n' A Bola.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Estado deu “cobertura inusitada” a visita “inoportuna” do Papa

Carlos Esperança falava à agência Lusa, esta tarde em Coimbra, à margem de um colóquio, uma espécie de “13 de Maio alternativo” promovido pela AAP, subordinado ao tema “Ateísmo, laicidade e clericalismo em Portugal”. “O Estado laico deu uma cobertura inusitada” à visita de Bento XVI, que, “inclusive, esta noite dormiu com guarda de honra de militares da GNR em farda de gala”, reforçou, lamentando que seja tratado como “um chefe de Estado, quando ele está em peregrinação num local de romagem para crentes”.

Em Portugal, “organizou-se o mais colossal banho de multidão possível, para branquear a atitude do Papa nas fortes suspeitas de encobrimento dos crimes de pedofilia da igreja católica”, acusa Carlos Esperança. Está-se, portanto, sublinha, perante “uma forma de branquear a tentativa de regresso ao Concílio de Trento, de que este Papa é arauto”.

Este ateu considerou ainda a “tolerância de ponto inaceitável”, tanto numa perspectiva ética como “sob o ponto de vista da laicidade a que o Estado está obrigado, de acordo com a Constituição da República Portuguesa”.

Carlos Esperança também se insurgiu contra “as manifestações de subserviência, que vão desde o beija-mão de altas figuras à própria família do Presidente da República”. “É contra esta perda de ética republicana que a Associação Ateísta se insurge e leva a efeito sessões de esclarecimento”, uma das quais decorre esta tarde, em Coimbra, nas instalações da Fundação Inatel, em que, além de Carlos Esperança, são oradores Onofre Varela, também dirigente da APA, e Ricardo Alves, presidente da Associação República e Laicidade.

No fundo, acrescenta o presidente da APA, também está em causa a “luta contra o obscurantismo, porque o ateísmo afirma-se a si próprio, é, no fim de contas, a filosofia a que aderem as pessoas que vivem perfeitamente sem Deus”.

Os ateístas “não têm necessidade de um ser extraterrestre para organizarem as suas concepções éticas, para viverem a sua vida, respeitando-a e respeitando a vida dos outros, sem medos do inferno, nem angústias do paraíso”.

Fonte: Jornal Público

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Óh Marco Vaza, onde andas tu agora pá?



Ainda se recordam disto?... agora, deleitem-se a ouvir o teor altamente pornográfico deste douto jurista numa qualquer tB dita oficial d'um tal clubezeco que pessoas de bem jamais deverão sequer pronunciar... e tirem as vossas conclusões, para quem afinal, colhe depois as tempestadas, dos ventos que semeou!!

Já o Marco Vaza, que noutras alturas foi tão expedito em denunciar os horrores que hipoteticamente esperariam os excursionistas do grupo coral e filármónico do clube ciclista com nome de freguesia numa visita a terras do poBo mais forte, desta vez, porque ainda nem sequer se pronunciou sobre tal, mas também se compreende, o moço-de-recados deve andar ainda por esta hora, a deambular pelo Marquês... no pós-festejos do aceno ao forte odor da naftalina!



[ Pragal Colaço, no dia 04.05.2010, na BenficaTV, num declarado incitamento à violência junto da casa do FCPorto em Lisboa ]



[ Pragal Colaço, em data mais antiga, mas ainda recente, num outro declarado apelo a que os benfiquistas peguem nas armas ]

terça-feira, 11 de maio de 2010

Laranja Irritante "ataca" o SAW


Crónica de Miguel Sousa Tavares: Quando os vencidos são vencedores

1 O grande vencedor do fim-de-semana desportivo foi Frederico Gil, o primeiro português a chegar à final do Estoril Open e de uma prova do ATP, onde esteve a um pequeníssimo suplemento de alma da vitória. É verdade que o fim-de-semana teve outros vencedores — o Sporting de Espinho ganhou o campeonato nacional de voleibol ao Benfica, o FC Porto praticamente garantiu o título no andebol (a juntar ao de hóquei em patins), e o Belenenses ganhou a Taça de Futsal ao Benfica e está em posição privilegiada para fazer a «dobradinha». Portimonense e Beira-Mar regressaram à I Liga (vocês viram o quintal de aldeia onde a Oliveirense se propunha jogar na I Liga, se tem derrotado o Portimonense? Uff...!). Até o Sporting, como bem lembrou José Eduardo Bettencourt, parece que ganhou qualquer coisa no ping-pong, na natação e no xadrez. E Radomel Falcao, na sua primeira época em Portugal, ganhou a «Bola de Prata», título atribuído ao melhor marcador do campeonato. Mas o grande vencedor foi, de facto, Frederico Gil.
O ténis é um jogo de momentos: raramente um jogador consegue, ao longo da partida, manter-se sempre por cima nos níveis de concentração, motivação e jogo. A alternância de momentos entre os jogadores é a regra, e isso, mais o facto de não consentir tácticas defensivas, é o que faz do ténis, na minha opinião, o mais bonito e emocionante de todos os desportos. Frequentemente, para além do deslumbramento com a qualidade técnica dos jogadores de topo, o que torna um jogo de ténis um espectáculo arrebatador é esse lado de combate singular entre dois gladiadores. Quem, como eu, teve a sorte de ver a inesquecível final de Wimbledon entre Bjorn Borg e John McEnroe, nunca mais a esquecerá, enquanto viver. Anteontem, na final desse torneio que Portugal deve à capacidade de iniciativa de João Lagos, Frederico Gil soube agarrar o seu momento, quando ele passou — com alma, com coragem, com um surpreendente nível de desempenho, face ao 36.º jogador do ranking ATP e detentor em título do torneio. E por pouco, por muito pouco, conseguia a vitória, quando o momento virou a favor do adversário e ele, fazendo das tripas coração, quase conseguia contrariar um destino traçado.

Pena que, para um jogo tão emocionante e tão bem jogado, algum público presente não tenha estado à altura. Eu sei que grande parte daquele público dos camarotes está ali para ver e ser visto e raramente para ver ténis. Assim como a Moda Lisboa ou o Portugal Fashion, o Estoril Open tornou-se um destino obrigatório do jet set e do «jet seis» — gente que acha que o melhor do ténis é o almoço na «tenda VIP» e as fotografias para as revistas sociais. Mas, apesar de tudo, talvez a organização devesse distribuir-lhes à entrada um manual de bom comportamento, onde se explicasse, por exemplo, que é muito foleiro falar ao telemóvel durante o jogo, e que o ténis é um dos últimos redutos do desportivismo — onde é impensável aplaudir ou vaiar o adversário do nosso favorito, quando ele falha uma bola de serviço. As instruções de Jorge Jesus para assobiar sempre os adversários a fim de os desconcentrar destinavam-se a um jogo de futebol do Benfica no Estádio da Luz, e não a um jogo de ténis no Jamor. A ver se para o ano percebem a diferença...

2 O outro grande vencedor individual do fim-de-semana foi o colombiano Radomel Falcao. À entrada para o último jogo, domingo passado, o seu adversário nessa disputa mano-a-mano, Óscar Cardozo, levava quatro golos a menos do que Falcao, embora só um contasse oficialmente: os outros três, golos limpinhos e bonitos, foram gamados ao portista por árbitros e fiscais-de-linha com excesso de zelo. Mesmo assim, Cardozo precisava de dois golos e a verdade é que só marcou um (embora indevidamente se tenha auto-atribuído dois, logo secundado por colaborantes observadores e coberto pelas imagens não explicitas da Sport TV). Terminaram assim empatados com 25 golos cada, mas como Falcão tinha menos jogos disputados (um deles por oportuna cortesia de Pedro Henriques, mesmo antes do FC Porto-Benfica), foi ele que, segundo as regras aplicáveis, venceu a Bola de Prata.

E venceu com todo o mérito e toda a justiça. Não só porque, de facto, marcou mais três golos dos que lhe validaram, como também porque dispôs apenas, para engrossar o número, de quatro penalties, dos quais converteu três, enquanto que o seu desafiante dispôs de onze e converteu oito: e marcar de penalty é bem mais fácil. E, depois, enfim, porque, apesar do valor de Cardozo, que não se discute, Falcao é muito melhor jogador e ponta-de-lança que o canhão paraguaio, e não dispôs, atrás de si, de um meio-campo ofensivo com a qualidade do que serviu Cardozo toda a época. Mas, como bem notou o próprio Falcão, «há coisas estranhas no futebol português». Pois há.

3 Ora veja, a propósito do Benfica-Rio Ave, tanta coisa estranha e que a imprensa achou por bem silenciar, para não levantar ondas, neste momento de festa nacional:

a) - Como já é de tradição, o Benfica teve a casualidade de enfrentar um adversário num jogo decisivo quando um dos jogadores deste já estava comprado pelo Benfica para a época seguinte: Fábio Faria, «uma referência da linha defensiva do Rio Ave, ao longo de toda a época», como se escreveu em A Bola. É a velha questão dos «nossos» jogadores ao serviço dos outros, jogando contra «nós». O Olhanense, por exemplo, recheado de jogadores do FC Porto, foi ao Dragão e roubou-nos dois pontos: mas, contra o Benfica, um dos «nossos» ao serviço do Olhanense, falhou um golo feito e outro ofereceu um golo: olha, se tem sido ao contrário? Neste caso, porém, ninguém se lembraria de duvidar, por antecipação, da lealdade do jogador do Rio Ave ao clube que ainda lhe paga. Ninguém? Não: ele próprio duvidou e disse que achava melhor não jogar. Confrontado com esta reveladora declaração, Carlos Brito achou mais prudente fazer-lhe a vontade. A «transparência» é isto.

b) - O Rio Ave também tem um jogador chamado Wires, de que eu nunca tinha ouvido falar e que teve uma entrada surpreendente no jogo. Aos 14 segundos (!), com tempo e espaço para aliviar uma bola, resolveu ficar a engonhar, até a perder e «ver-se obrigado» a cometer falta à entrada da área contra a sua equipa; três minutos depois, repete o estranho embaraço e a jogada acaba no primeiro golo do Benfica; mais seis minutos e é expulso — mas, dessa vez, sem culpa própria, apenas proporcionando o pretexto. Mas que jogo para recordar!

c) - Feliz e aliviado, Jorge Sousa avançou para Cardozo e mostrou-lhe o amarelo, quando ele despiu a camisola para celebrar o segundo golo. Assim, pensou ele, salvavam-se as aparências: os amarelos aos de Vila do Conde por dá cá aquela palha, em contraste com a sublime passividade perante as entradas de Luisão, Ramires, Airton. Isto claro, sem falar do glorioso cartão vermelho directo que ele sacou para o tal Wires, por uma entrada simultânea e mútua de pé em riste com o Airton, estavam decorridos cinco minutos de joguinho — que logo ficou resolvido. Eu sei o que chamo àquilo, mas cada um chame-lhe o que quiser... Consta, aliás, que Jorge Jesus costuma dividir os treinos em duas partes: numa, a equipa principal treina contra onze; na outra metade, treina só contra dez. Porque, enquanto que por esse mundo fora e em obediência a regras muito antigas, o futebol costuma ser jogado onze contra onze, já o Benfica, um terço das vezes, como notou Domingos, joga onze contra dez.

d) -Dois pequenos «pormenores» no primeiro golo do Benfica: para começar, é antecedido de um remate de Saviola em off-side, que Carlos defende para a frente, permitindo a recarga para golo; depois, o remate para a baliza é um auto-golo de Gaspar, que, quando levanta a perna para afastar a bola, leva um pontapé de Cardozo por baixo, que a faz mudar de direcção. Não só não foi golo de Cardozo, como nem sequer foi golo que se valide. Não posso jurar pela segunda situação (as imagens da TV não são completamente conclusivas), mas o off-side é flagrante. Os campeões também precisam de sorte, não é o que dizem? E de silêncio.

4 Para azar do Benfica e de Ricardo Costa, desde que o Hulk voltou a jogar, o FC Porto soma nove jogos, nove vitórias. E isso dá que pensar, sobre os efeitos do túnel e outras coisas mais. Durante muito tempo, achei, todavia, que, com túnel ou sem túnel, o Benfica merecia ganhar este campeonato, porque era a equipa que melhor jogava, mais atacava e tinha «melhor nota artística», como disse Jorge Jesus. Mas a verdade é que um campeonato não são 15, nem 20, nem 25 jornadas: são 30 e o saldo final deve-se fazer às 30. E, no último terço do campeonato, desapareceu aquele Benfica que jogava mais e melhor (até o Rio Ave, com dez, lhe deu uma lição de bola) e ficou apenas uma profusão de penalties a favor e de adversários expulsos. E, então, assalta-me a dúvida: o que teria feito o FC Porto, se tem disposto de 11 penalties a favor, um terço dos jogos em superioridade numérica, fiscais-de-linha atentos a off-sides inexistentes e o Hulk em jogo durante os decisivos três meses em que a prepotência de Ricardo Costa o retirou de cena?

Miguel Sousa Tavares n' A Bola.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Não vá cair em esquecimento...



Acho piada à moral dos postais enc(o)rnados que andam aqui e acolá a mandar uns bitaites sobre a incapacidade do FCPorto em quedar-se pelo 3º lugar nesta época desportiva... obviamente, postais de memória muita curta, claramente, mas vamos avivar essa cabecinha.

Desde o inicio da década de 90, foi isto o que aconteceu:

    90/91: benfica 1º; Porto 2ª (2 pontos dif) 91/92: Porto 1º; benfica 2º (10 pontos dif) 92/93: Porto 1º; benfica 2º (2 pontos dif) 93/94: benfica 1º; Porto 2º (2 pontos dif) 94/95: Porto 1ª; benfica 3º (15 pontos dif) 95/96: Porto 1º; benfica 2º (11 pontos dif) 96/97: Porto 1º; benfica 3ª (27 pontos dif) 97/98: Porto 1º; benfica 2º (9 pontos dif) 98/99: Porto 1º; benfica 3º (14 pontos dif) 99/00: Porto 2º; benfica 3º (4 pontos dif) 00/01: Porto 2º; benfica 6º (22 pontos dif) 01/02: Porto 3º; benfica 4º (5 pontos dif) 02/03: Porto 1º; benfica 2º (11 pontos dif) 03/04: Porto 1º; benfica 2º (8 pontos dif) 04/05: benfica 1º; porto 2º (3 pontos dif) 05/06: Porto 1º; benfica 3º (12 pontos dif) 06/07: Porto 1º; benfica 3º (2 pontos dif) 07/08: Porto 1º; benfica 4º (13 pontos dif) 08/09: Porto 1º; benfica 3º (11 pontos dif)
Daqui, podemos retirar que desde o inicio dos anos 90, o FCPorto conseguiu 13 PRIMEIROS LUGARES, 5 SEGUNDOS LUGARES e 1 TERCEIRO LUGAR..... já os enc(o)rnados, conseguiram 3 PRIMEIROS LUGARES, 6 SEGUNDOS LUGARES, 8 TERCEIROS LUGARES, 2 QUARTOS LUGARES e 1 SEXTO.

Logo, facilmente se retira o nivel de qualidade das duas equipas nas últimas decadas e daqui se percebe que quando certos postais enc(o)rnados falam de peito cheio no 3º lugar do FCPorto, fazem-no com experiência própria, como é obvio.

Retira-se daqui também que a média de diferença de pontos entre os dois clubes em anos em que o FCPorto foi campeão, é de 11,15 pontos, e em anos em que os enc(o)rnados foram campeões, é de 2,333. Daqui se retira também facilmente a moral com que determinados enc(o)rnados aqui gozam a vantagem pontual a que o FCPorto está. Mais uma vez, falam com conhecimento de causa. Não esqueçam que nas últimas décadas, sempre que o FCPorto foi campeão, vocês apenas por 2 vezes ficaram a menos de 8 pontos de nós (2 pontos em 92/93 e em 06/07), chegando mesmo a ficar a inacreditaveis 27 pontos em 96/97!

Neste periodo, o FCPorto marcou 1267 GOLOS e os enc(o)rnados marcaram apenas 1152 GOLOS, ou seja, mais 115 GOLOS marcados pelo FCPorto. Em relação a golos sofridos, as contas do FCPorto estão em 413 GOLOS SOFRIDOS e as dos enc(o)rnados em 532 GOLOS SOFRIDOS, ou seja, uma diferença de mais 119 GOLOS SOFRIDOS pelos enc(ornados)!

Em relação a vitórias, o FCPorto neste período, conseguiu um registo de 457 VITORIAS, contra 389 VITORIAS dos enc(o)rnados, o que dá uma diferença de mais 98 VITORIAS do FCPorto. Quanto a derrotas, o FCPorto tem um registo de 68 DERROTAS, contras as 107 DERROTAS dos enc(o)rnados, ou seja, uma diferença de mais 39 DERROTAS dos enc(o)rnados!

Lembro ainda que no meio de tudo isto, o FCPorto ainda venceu 1 Champions League, 1 taça UEFA e 1 taça intercontinental, sendo que a nivel europeu, nao existe comparação, pois os enc(o)rnados nao apresentam estatisticas de vitórias nestas décadas mais recentes.

Antes de virem para aqui de peito feito gozar os outros e colocar o vosso clube como o melhor e maior, antes de falarem em diferenças de pontos e em lugar classificativos, antes de se andarem a gabar, antes de virem para aqui acusar os Portistas de dor de cotovelo e de "pequenez", estudem os factos e façam as contas... dor de cotovelo de quê, pergunto eu?????

Admito que durante décadas de ditadura política (e só nesse tempo), o clube dos enc(o)rnados foi o melhor clube português, mas admitam também que nas últimas décadas, nenhum clube atingiu o sucesso como o FCPorto. Desde os anos 80 que o FCPorto domina o panorama nacional. Agora gozem o vosso sucesso deste ano e nao se esqueçam do que aconteceu nos que lhe antecederam...

Isto são apenas os factos que provam que o FCPorto é o melhor clube português...

Telemóvel de jornalista do i roubado nos festejos do Benfica - vídeo

O roubo aconteceu enquanto a jornalista filmava em directo os festejos dos adeptos encarnados na rotunda do Marquês de Pombal.

 No vídeo é possível ver o assaltante - um jovem de boné e capuz na cabeça - que logo pôs fim à transmissão directa das imagens.



Fonte: Jornal I

Sony está a preparar um PSP Phone?

Sony está a 
preparar um PSP Phone?


É um dos rumores mais constantes da Internet. Desta vez, a informação assume contornos mais sérios porque provém de um órgão de comunicação reconhecido. O Wall Street Journal diz ter recebido a notícia de fonte segura, que confirma que a Sony está mesmo a desenvolver um telemóvel integrado na PSP. 

Segundo as mesmas fontes, o PSP Phone faz parte de uma estratégia da Sony que pretende aproveitar sinergias entre as várias plataformas que a empresa possui. Por exemplo, a Playstation Network e a SonyEricsson (a divisão de telefones).

Não são divulgadas quaisquer datas para o lançamento do produto ou um possível preço.

Fonte: exameinformatica

Frederico Gil fez esquecer ausência de Federer na final

Os portugueses sofreram a bom sofrer durante 02.33 horas, o tempo que durou a mais equilibrada final das 21 edições do Estoril Open. Frederico Gil surpreendeu os mais de 6000 espectadores presentes no court principal com uma exibição que, por momentos, o fez sonhar com a primeira vitória de um português num torneio ATP. Não seria, todavia, o líder mundial, Roger Federer, a grande aposta da organização e de todos os que esgotaram os bilhetes para ver o suíço fazer a festa no Jamor, mas sim o seu "carrasco" nas meias-finais, o discreto mas a-guerrido Albert Montañes, a revalidar o título de campeão no Estoril Open, e a travar o sonho de Frederico Gil se tornar no primeiro português a vencer o maior torneio luso.

A presença de Frederico Gil na final era já reconhecida por todos como o melhor resultado de um português. O próprio tenista, na véspera, ainda não tinha bem a noção de onde tinha conseguido chegar - e logo perante o público português. "Quero desfrutar este sonho", dizia. Por isso, a derrota no primeiro set, por 6-2, não surpreendeu ninguém e inclusive provocou um ambiente de alguma descrença no recinto, ainda com a zona dos camarotes praticamente vazia. Todavia, o pupilo de João Cunha e Silva, revelando uma maturidade e capacidade de recuperação surpreendentes, conseguiu na parte final do segundo set virar um 5-3 para um 5-5 e relançou o set para vencer por um difícil 6-7 (4-7). Sempre muito apoiado pelo público, que acabou por quase lotar o court central, Gil venceu no jogo de desempate por 7-4, forçando o terceiro set, o que parecia pouco provável depois do que sucedeu no primeiro. Albert Montañes, de 29 anos, que se tornou no segundo tenista a vencer duas edições consecutivas do Estoril Open - depois do austríaco Thomas Muster (1995 e 1996) - teve de aplicar o seu melhor ténis para bater o português por um 7-5. O catalão, 34.º da hierarquia mundial, foi pressionado no terceiro parcial pelo sintrense, que chegou a estar a vencer por 3-0 - colocando a assistência praticamente à beira de um ataque de nervos. Montañes conseguiu, no entanto, chegar ao 4-4, depois de Gil perder o seu jogo de serviço e não mais desperdiçou a vantagem. No jogo decisivo (6-5), o espanhol dispôs de dois match point no serviço do português, que salvou o primeiro, mas no segundo atirou a bola à rede.

"Eu acreditei sempre até ao fim e foi pena não ter conseguido manter um nível alto no terceiro set. No início estava nervoso, sentia alguma ansiedade, mas graças a uma atitude espectacular consegui manter-me no encontro", assumiu o português.

Para Cunha e Silva, o seu pupilo "tem mérito" e sai do Jamor "mais forte, isso já ninguém lhe tira. Agora, vai trabalhar para conseguir fazer melhor". Quanto ao futuro: "Mais do que termos medo do futuro, temos é de enfrentá-lo com coragem para que a ambição possa suplantar todos os receios."

Foi o próprio Montañes, que conquistou o quarto título da sua carreira - depois de ter vencido em Bucareste, em Amersfoort (Holanda) e no Estoril, em 2009 -, a fazer rasgados elogios a Gil: "O Frederico tem nível para estar lá em cima. É muito sólido, bate bem a esquerda e a direita, sobe bem à rede... Agora tem de ser regular e lutar muito para se manter a este nível."

Este foi o segundo encontro entre Montañes e Gil, que já se tinham defrontado no torneio de Casablanca, em 2009, com a vitória a pertencer ao espanhol.

Fonte: DN

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Crónica de Miguel Sousa Tavares: Estava reservado o quê?

1 Estava reservado o primeiro título do Benfica conquistado no estádio do FC Porto. Estavam reservados os festejos na Praça do Município do Porto e de Lisboa, no Estádio da Luz, no Marquês de Pombal, em várias praças do país. Estava reservado o «avião dos campeões» e uma arbitragem à medida da festividade. Estava reservado mais um jogo contra dez durante grande parte do tempo e a confirmação de Cardozo como 'Bola de Prata'. Estava reservado o Bruno Alves como o vilão de serviço e a entrega pela Liga do troféu de campeão já no próximo domingo na Luz (o FC Porto só recebeu o de 2009 há quinze dias...). Estavam reservadas as eufóricas primeiras páginas dos jornais desportivos de Lisboa e o texto galvanizante do SIAP (Serviço de Informações Araújo Pereira).
Estava tudo reservado, mas esqueceram-se de um pormenor: avisar os ainda tetracampeões de Portugal de que eles seriam parte da festa. E esqueceram-se de avisar o Cardozo de que era preciso ter conseguido tocar na bola, uma vez que fosse, em lugar de ficar à espera do penalty habitual. E esqueceram-se de dizer ao Bruno Alves que marcar um golo cheio de estilo e no meio das «torres intransponíveis» do Benfica, passar o jogo inteiro sem deixar o Cardozo tocar na bola e sem fazer uma falta (uma única!), não é coisa que se faça aos anunciados campeões.

2 Não sei quando é que Olegário Benquerença dará por expurgado o crime de não ter visto o hipotético golo do Benfica ao Porto na Luz, já lá vão uns anos (e que, a ter existido, ele jamais poderia ter visto). Sei que, desde então, não se tem poupado a expiações sem fim, a última das quais anteontem. Mas, antes de inflectir o critério disciplinar, com chocante benefício dos anunciados campeões, Olegário tratou de mostrar — como já se tinha visto em San Siro, onde decidiu a sorte da meia-final da Champions — que está longe de justificar a chamada ao Mundial. Tal como em S, Siro, ele mostrou no Dragão que atravessa uma fase de deslumbramento que o faz achar--se mais importante do que o próprio jogo — o verdadeiro artista. E, tal como disse Jesualdo, mostrou pior ainda: que tinha medo do jogo. E, todavia, apanhou, no campo, um dos mais pacíficos jogos entre Benfica e FC Porto que me lembro: de parte a parte, não houve entradas a magoar, violência, jogo sujo, sururus, indisciplina dos jogadores. Mas, ele, valentão, quis «segurar o jogo»... contra as bancadas. E entrou num desvario de cartões amarelos, que só podia, inevitavelmente, conduzir à destruição do próprio jogo: os sete primeiros cartões amarelos que mostrou (e que prejudicaram mais o Benfica) não tiveram a menor razão de ser. Depois, foi a barbaridade do segundo amarelo a Fucile, e depois de o ter expulso por uma inventada simulação de penalty, perdoou duas vezes o amarelo a Di María que o fez duas vezes (e como habitualmente) e perdoou o vermelho directo a Luisão e Maxi Pereira. Entrou como um leão, saiu como uma águia. Fez o que pôde para estragar o jogo e só não falseou o resultado porque o FC Porto, farto de se ver prejudicado pelas arbitragens esta época, fez das tripas coração e foi em busca da vitória, dez contra onze. Espero que José Mourinho tenha visto o jogo. E Vítor Pereira também.

3 Como de costume em todos ou quase todos os jogos importantes desta época, Jorge Jesus tinha os 25 jogadores à disposição. Já Jesualdo, tinha quatro titularíssimos de baixa ou castigo cirúrgico: Helton, Ruben Micael, Varela e Falcão. Mas onde Jesualdo começou a ganhar o jogo, e contra vontade, foi, ironicamente, na baixa de Helton: como aqui tenho escrito, Beto mostrou, uma vez mais, que é muito melhor guarda-redes e transmite muito mais segurança do que Helton.

Grande erro de Jesualdo ao não ter substituído o Fucile, assim que viu o primeiro amarelo ser-lhe mostrado por Olegário Benquerença... por nada. Esse 'nada' é que era perigoso e fazia temer o pior: segundo 'nada' e Fucile foi para a rua. Era de prever.

4 Não foi um grande jogo, tecnicamente, mas foi jogado com emoção e com grande determinação da parte do FC Porto. Vitória mais do que merecida e um anunciado campeão que, jogando metade do jogo com um a mais, não conseguiu criar mais nenhuma oportunidade flagrante e ainda sofreu dois golos e viu mais um esbarrar na trave, com Quim batido. Foi uma pequena vingança pelas duas derrotas da época contra o Benfica e uma despedida do campeonato e do Dragão digna de campeões.

5 Já o Braga tinha levado lá 5-1 e eu mantenho-me na minha: não obstante a grande época do Sp. Braga, não obstante o grande trabalho de Domingos Paciência, não obstante a desigualdade de meios, o FC Porto, apesar de tudo, jogou o suficiente para mostrar que é bem melhor equipa que o Sp. Braga e, não fossem os incidentes de percurso — uns internos, outros externos — teria, pelo menos, garantido o segundo lugar. Disse Luís Filipe Vieira que o Hulk é o jogador que mais bolas perde no campeonato (natural, para quem percebe de futebol...), com isso querendo significar que a suspensão por dois meses não fez falta ao FC Porto. Infelizmente para a curiosa tese do presidente do Benfica, desde que ele voltou há nove jogos, o FC Porto só conhece um verbo: vencer.

Pelo que, é mais do que natural, mais do que legítimo, afirmar que quem conseguiu tirar o FC Porto da Liga dos Campeões do ano que vem (e, como se verá, em prejuízo do futebol português) foi o Sr. Ricardo Costa. Já o havia tentado com o «Apito Frustrado», agora conseguiu-o com o «Túnel Encantado». E mais uma vez o Braga ganhou um jogo com um erro de arbitragem, conjugado com uma oferta do adversário. Eu sei que é de bom tom enaltecer os pequenos face aos grandes — sobretudo se as vitórias dos pequenos são alcançadas à custa do FC Porto. Mas, se se derem ao trabalho de fazer a contabilidade dos pontos ganhos e perdidos com erros de arbitragem ao longo desta época, escusam de procurar outro motivo para o inabitual terceiro lugar do FC Porto.

6 Tenho um estranho sentimento: como aqui escrevi a semana passada, sinto uma grande admiração por José Mourinho, como treinador e como personalidade. Mas também, como já o escrevi, não é por ele ser quem é e, para mais, português, que consigo calar esta evidência: o futebol que ele vem apresentando — ainda no Chelsea e agora no Inter — é tudo aquilo de que eu não gosto.

Aconteceu-me mesmo esta coisa impensável: adormecer a ver o Barcelona-Inter, uma meia-final da Champions. Sim, eu sei: jogou em inferioridade numérica durante uma hora — talvez o melhor que lhe aconteceu para poder justificar aquela táctica de 9x0x0 — mas, como vimos anteontem no Dragão, isso não serve de desculpa para tudo. Não serve, sobretudo, para justificar esta inacreditável estatística: nenhum remate à baliza adversária, nenhum ataque digno desse nome, nenhuma vez em que o Inter entrou sequer na área do Barcelona (excepto se foi quando adormeci) e 57 passes certos contra 542! Ou seja, a defender-se, os jogadores do Inter nem sequer se preocupavam em tentar sair a jogar: era pontapé para a frente, dez dentro da área e fé em Deus. Mourinho conseguiu, de facto, uma proeza, porque aquela equipa não vale nada, não vale de certeza a final da Champions. E, por isso mesmo, a sua proeza tem ainda mais valor: ele anulou o futebol da melhor equipa do mundo, com um grupo de rapazes de pontapé para a frente. O que é triste é que não anulou apenas o futebol do Barcelona: anulou o próprio futebol. E eu não sei se isso é motivo de festejo.

7 Segundo rezam as crónicas, cinco mil benfiquistas esperaram de pé, na fila, durante duas ou três horas, para comprarem bilhete para o jogo da Luz da próxima e última jornada. Num dia de semana e em horário de trabalho. Presumo que não fossem reformados ou doentes, porque não aguentariam a espera em pé. Presumo que não estivessem todos com o subsídio de desemprego ou o RSI, ou teriam coisas mais prementes em que gastar o dinheiro. Presumo, enfim, que tenham gasto o tempo a dizer mal do FC Porto, do governo e da situação de falência económica e financeira a que «eles» conduziram o país.

Miguel Sousa Tavares n' A Bola.

sábado, 1 de maio de 2010

iPhone 4 chega em Junho e traz amigos

A quarta geração do "Jesus phone" vai ser anunciada no início de Junho, durante uma das mais badaladas conferências anuais de programadores da Apple (WWDC). Entre 7 e 11 de Junho, todos os caminhos tecnológicos vão dar ao centro de convenções Moscone, em São Francisco, onde Steve Jobs tem feito história nos últimos anos.

Os últimos rumores apontam para que o iPhone 4/4G/HD (o nome ainda não está decidido) seja revelado no primeiro dia da conferência e comece imediatamente a ser vendido. Os atractivos são mais que muitos para os fãs do telemóvel: depois de se ter conhecido o novo sistema operativo que vai estar lá dentro, que entre outras coisas permite ter várias aplicações abertas ao mesmo tempo (multitasking), o caso do iPhone 4 roubado e vendido a um blogue de tecnologia espicaçou a curiosidade de toda a gente. Acima de tudo, a descoberta do protótipo revelou que este será o iPhone em que a Apple mais vai mexer, a todos os níveis, desde a primeira geração em 2007. Porque é que isto interessa? O iPhone tem sido usado como farol de inovações para o resto da indústria.

O que há de novo O multitasking permitirá, só por si, usar o iPhone de forma diferente. Mas as imagens exclusivas mostradas pelo site Gizmodo, que pagou 5 mil dólares (3,76 mil euros) por um iPhone "perdido", mostram várias outras alterações ao aparelho.

Primeiro, salta à vista a nova câmara na parte da frente, para fazer videochamadas, e a melhor qualidade da câmara normal, que passa de três para cinco megapixels, tem uma lente maior e passa a incluir flash. Depois, o ecrã é mais pequeno mas a resolução é "muito mais elevada", como escreve o Gizmodo, daí a designação HD (alta definição) que alguns sites estão a dar ao modelo. Outras novidades incluem um segundo micro para eliminar ruído, botões metálicos e um design diferente: a parte de trás é agora achatada, em vez de ter os cantos arredondados, com uma borda de alumínio à volta que torna o telemóvel mais quadrado. Por outro lado, a bateria é maior, os componentes internos foram reduzidos e é três gramas mais pesado.

Os amigos A conferência anual que arranca dia 7 de Junho terá outras atracções. Os programadores vão poder pôr as mãos na massa do novo sistema operativo iPhone 4 O.S., que tem centenas de novidades para os consumidores e vai permitir aplicações mais complexas. Também será mostrada a nova plataforma de anúncios nas aplicações, chamada iAd, que tem deixado alguns executivos da Google preocupados. É que a Apple vai começar a vender anúncios nas aplicações da App Store e vai desviar investimento da publicidade online, dominada pela Google. Por fim, haverá sessões para brincar com o Game Center, anunciado há um mês por Steve Jobs como sendo uma espécie de rede social para jogos do iPhone e do iPad que pode revolucionar os jogos em mobilidade.

iPhone-gate Entretanto, a Apple continua envolvida na polémica com o site Gizmodo. Enviou uma carta a pedir a devolução do protótipo do iPhone 4, que tinha sido perdido por um dos seus engenheiros num bar, e o site acedeu. Porém, a polícia foi bater-lhes à porta e confiscou quatro computadores e dois servidores. O estudante de 21 anos que vendeu o protótipo encontrado garante que só recebeu o dinheiro porque o site lhe assegurou que não havia problema. No entanto, é ilegal na Califórnia vender ou comprar objectos perdidos, e os responsáveis do Gizmodo podem enfrentar um sério problema legal. 

Fonte: Jornal I