quinta-feira, 15 de julho de 2010

Robertos e cabeçudos


 Parece que no domingo se jogou a final do campeonato do mundo. Indiferente. O país estava suspenso, mas por outra razão. Não é todos os dias que se pode assistir, em directo, à estreia do melhor guarda-redes do mundo: Roberto Jimenez.

A carreira deste verdadeiro fenómeno fala por si: 39 jogos pelo Atlético Madrid B, 28 pelo Gimnastic e 18 pelo Zaragoza. Quantos jogadores poderiam ser os guarda-redes destes verdadeiros gigantes do futebol mundial? Ah, pois é.

O benfica, através duma luta titânica, conseguiu contratar esse deus das balizas por uns míseros 8,5 milhões de euros. Barato. Se guarda-redes banais como o Van der Sar ou o Cech foram comprados pelo mesmo valor, imagine-se o negócio genial que foi feito.

O insuspeitíssimo jornal A Bola descobriu logo que havia uns maduros que queriam roubar o bom do Roberto ao benfica e estavam dispostos a pagar milhões e milhões para o levar. Isso é que era bom! Então iam lá prescindir do futuro portero da selecção espanhola – a Bola garante que é certinho. Consta até, que ele só não foi ao Mundial para preparar melhor a próxima época. Como é evidente: para que quereria o Del Bosque o Casillas se podia ter o Roberto? Mas ele, benfiquista desde que nasceu, não quis ir a esse torneio de segunda categoria para estar na Suíça.

Cheira-me que nos vamos divertir muito com esta vedeta de dimensão planetária. Ou muito me engano, ou aqueles dois pequenos deslizes, que só aconteceram por falta de adaptação à nova bola, foram apenas um aperitivo.
Entretanto, o Porto segue a sua preparação. Enquanto os nossos adversários contratam vedetas da dimensão do Roberto, nós temos de nos contentar com jogadores menores como o Moutinho e o James Rodriguez. Este último, por exemplo, baixou, recentemente, a sua cotação. Quando se falava da sua possível ida para os lados do cemitério de Benfica, era dado como um das maiores promessas do futebol mundial. Agora, que treina com o Porto, é uma grande interrogação. Nós, portistas, temos que ter uma paciência de Job.

Passados 15 dias desde que aqui escrevi, o plantel ficou melhor. A contratação do Moutinho vai-se revelar acertadíssima. O rapaz é grande jogador e estava estagnado. O clube onde ele jogava é um pântano, onde os bons jogadores, se ficam, perdem qualidades, e só saindo para um bom clube revelam as suas capacidades.

Só falta mais uma opção para o meio-campo se o Meireles não sair, claro está.

A defesa foi reforçada com um jogador de que gosto mesmo muito e que se pode revelar uma das surpresas do campeonato – bem sei que é difícil tirar o lugar ao Álvaro: o Emídio Rafael. É jogador à Porto e tem muita qualidade.

Falta um central. Quer-me parecer que estamos a ver se vendemos o Bruno para assinar com o Rodriguez. Acho um erro. O peruano tem de ser comprado o quanto antes e temos de pôr umas rodinhas ao Stepanov e ao Maicon.

O ataque, com a vinda do Walter ou de outro ponta de lança, está muito bem e vai dar que falar.

Agora, convém emagrecer o plantel. Há muitas gorduras que têm de desaparecer. Não vale a pena falar da legião de emprestados – que na minha opinião são mais que demasiados -, temos gente a mais. Não é possível trabalhar com tanta gente. Toda a gente sabe quais são os que estão a mais.

A coisa está-se a compor. Venha de lá, para começar, a Super Taça.

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