Chefe da ASAE admite lista de metas para inspectores!

O director nacional da ASAE voltou atrás nas afirmações que prestou há duas semanas, quando rejeitou a existência de uma lista de objectivos para os inspectores. Perante a revelação dessa lista, pelo "Expresso", o CDS-PP exige a demissão de António Nunes.

Inicialmente, António Nunes negou a existência desse documento que traçava metas para os inspectores da Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE). O documento, a que o jornal "Expresso" teve acesso, determina o número de acções que devem ser efectuadas este ano e fixa objectivos a atingir por cada inspector da ASAE. Assim, durante 2008, cada inspector tem que efectuar duas detenções, oito processos-crime, 61 contra-ordenações, seis suspensões e apontar 124 infracções. António Nunes admite agora a existência do documento, mas afirma que não se trata de objectivos, antes de cálculos operacionais. O director da ASAE reconhece que o documento foi elaborado pelos serviços, mas que foi enviado por lapso para as oito direcções regionais. CDS-PP pede demissão de António Nunes Na sequência da revelação pelo "Expresso" do documento com objectivos quantificados para os inspectores da ASAE, o CDS/PP exigiu a demissão do inspector-geral António Nunes. Numa declaração à Lusa, o deputado popular Hélder Amaral disse não esperar do primeiro-ministro "outra atitude que não seja demitir rapidamente o inspector da ASAE. O próprio inspector, se tivesse um pingo de bom senso demitia-se, mas já não acreditamos que o faça, tantas vezes foi já apanhado a mentir. Por isso resta ao primeiro-ministro dar provas de que não tolera uma atitude destas de um inspector da ASAE". "É inaceitável que o director de uma polícia criminal falte sistematicamente à verdade, porque quem faz cumprir a lei não pode mentir", considerou o deputado do CDS/PP. Hélder Amaral disse ainda que a justificação de António Nunes de que o documento foi distribuído por engano de nada vale, já que "o inspector não pode pedir para si a tolerância que nunca demonstrou para com ninguém". António Nunes afasta ideia de demissão e diz que se está a "baralhar resultados com objectivos" O inspector-geral da ASAE rejeitou já a ideia de demissão exigida pelo CDS-PP. António Nunes explicou que as alegadas metas traçadas para os inspectores não são objectivos quantificados, antes são resultados previsíveis. "O documento existe e já pesquisámos a informação. É um documento com objectivos e resultados operacionais e tem-se tentado confundir as duas coisas", afirmou António Nunes à Lusa, para explicar que são os objectivos públicos os que vinculam a ASAE e não um documento de trabalho. "Se tivesse havido uma atitude de condicionamento dos inspectores, eles já teriam dito e os sindicatos também já o teriam afirmado", avançou o chefe da ASAE.

Fonte: RTP

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Primeira o episódio de "Vai uma cigarrilha?", agora isto! Quase que já imagino o próximo episódio que será em exclusivo em Portugal!!