sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Simone de Oliveira revoltada com Director da RTP...


O anúncio do horário de exibição do "remake" de "Vila Faia" por parte do director de Programas da RTP, José Fragoso - recorde-se que a novela, não obstante estrear no 'prime time' de uma sexta-feira, dia sete de Março, tem a sua emissão remetida apenas para os fins-de-semana entre as 18.30 e as 20 horas - tem gerado celeuma, que aliás, germinou no dia do evento da apresentação, com Simone de Oliveira, a insurgir-se contra esta solução.

Instalada a polémica, existe já uma petição online que reivindica a alteração do horário para as 21horas de segunda a sexta- feira (ver caixa).

Também o Provedor do Telespectador, Paquete de Oliveira, conta ter recebido 14 queixas via e-mail, no mesmo sentido, todavia, considera ser "uma reacção organizada para pressionar", fruto "do que os leitores leram na imprensa", em jeito de rescaldo.

Por seu turno, Rui Teixeira Motta, presidente da Associação de Telespectadores, assevera "Não me repugna que uma novela possa cumprir serviço público de televisão" desde que obedeça a determinadas premissas. Porém, é da opinião que este horário "poderá ser um bom ensaio", a título de experiência uma vez que, "a formatação horária poderá evoluir". Quem não comunga deste hipotético reajustamento a médio prazo é José Fragoso que se mantém inflexível e garante:"A polémica está morta", desvalorizando a petição.

O realizador António Pedro Vasconcelos, autor de um livro sobre serviço público de TV, elogia"a coragem de fazer opções" veiculada pelo director de Programas, apesar de perceber "a frustração dos actores". "Uma das dificuldades com que Fragoso tem de conviver é a que se refere às encomendas anteriores a ter tomado posse", sendo que "posições radicais são um bom sinal que ele está a dar" por forma a imprimir a sua filosofia.

António Pedro Vasconcelos, além de defender que uma novela não tem vocação de serviço público, acredita que "a contestação em torno do horário de 'Vila Faia' está conotada com a popularidade de Simone de Oliveira. No entanto, "um director não pode ficar refém disso" e acrescenta "Não se deve ceder à demagogia."

Fonte: Jornal de Notícias

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