Dor e muitas lágrimas. O ambiente era de pesar, ontem, à porta do instituto forense de Huelva onde o corpo de Mari Luz estava a ser autopsiado. A menina de cinco anos foi encontrada morta 50 dias depois de ter desaparecido. O cadáver boiava no rio Tinto, a cerca de três quilómetros da casa onde vivia com os pais e dois irmãos, no bairro cigano de El Torrejon. O corpo estava em avançado estado de composição e tinha um corte profundo na cabeça, que os exames médico-legais vão esclarecer se foi provocado ou acidental.
O corpo foi encontrado cerca das 18 horas por um funcionário da petrolífera Cepsa. Estava preso no molhe, num local onde já tinham sido feitas buscas com mergulhadores. Os pais de Mari Luz foram chamados e ali mesmo reconheceram o corpo da filha. Tinha vestidas as roupas que usava no dia em que desapareceu. Abatidos e em silêncio absoluto, não falaram aos jornalistas, que se encontravam a vários metros, rodeados pela Polícia. Já os avós não pouparam críticas à Polícia Nacional, "por não ter feito buscas desde o primeiro dia com barcos e nos molhes, tal como a família pediu insistentemente".
O cadáver foi transportado para o instituto forense, onde era aguardado por centenas de pessoas, entre familiares e amigos. José Sardez, amigo de Juan Luiz Cortés e Irene Suarez, os pais da criança, contou que a menina "tinha um golpe muito profundo na cabeça". Enquanto isso, à porta do instituto, Luis Molina, porta--voz do casal, pedia "calma e respeito pela dor" aos jornalistas e largas dezenas de populares que ali se concentraram. "Estamos todos muito mal, completamente destroçados. Foram uma preciosa ajuda, mas agora, por favor, dêem-nos a tranquilidade de que precisamos", insistiu.
A confirmação oficial chegou ao início da noite. Fontes contactadas pelo JN asseguram que "não há dúvidas de que é o corpo de Mari Luz". Falta agora perceber se caiu ao rio ou se foi atirada.
A Câmara Municipal de Huelva decretou três dias de luto. Segundo o presidente, Pedro Rodriguez, hoje irão ser guardados "cinco minutos de silêncio em memória de Mari Luz e todas as bandeiras dos edifícios oficiais estarão a meia-haste".
O corpo da menina foi encontrado um dia depois da primeira viagem dos pais para divulgar o seu desaparecimento. Irene e Juan Luiz colaram cartazes nas ruas de Faro e pediram ajuda aos portugueses.
Fonte: Jornal de Notícias
O Mundo está-se a tornar ainda mais um sítio inseguro para se viver. Recentemente em Lisboa foi assassinada a sangue frio uma mulher quando se encontrava a estacionar o carro. Agora, Maria Luz Cortés foi encontrada morta. Quando é que isto vai acabar??
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