terça-feira, 16 de março de 2010

BMW Série 5/2010: para já sem concorrência à altura


Tempos atrás, a um automóvel com quase cinco metros de comprimento chamava-se “banheira”. As tentativas de o conduzir como um desportivo dariam fracos resultados, dizia-se que bebia combustível como uma esponja e quando se tratava de o estacionar que era como um autocarro. O novo BMW Série 5, que estará no mercado em Março, é a prova provada de que tudo já deixou de ser assim. Assume-se, claramente, como o melhor e o mais completo entre os automóveis do segmento executivo, de que fazem parte, entre outros, o Mercedes Classe E, o Audi A6, o Volvo S80 ou o Jaguar XF.

Com linhas bonitas e equilibradas, herdou o ar de família do irmão maior, o Série 7, ganhou em conforto, em equipamento e até em prestações, que na série anterior já eram muito boas, e além disso gasta pouco (média de 6,3 l/100km) e polui ainda menos (166 g/km). É obra!

Os técnicos da casa alemã enfrentaram a tarefa difícil de bater o rival Mercedes E, e parece que o conseguiram. Os 245 cv da versão 530 d (motor a gasóleo) respondem brilhantemente e os controlos de tracção e estabilidade não deixam o carro fugir um milímetro, tornando as ultrapassagens manobras fáceis e seguras, mesmo nas estradas mais encaracoladas. Temos a impressão de conduzir um automóvel com pouco mais de metade do seu tamanho, cheio de genica, mas sem brutalidade, para o que também contribuem a direcção de assistência electromecânica variável e o controlo de suspensão.

O interior é confortável, de um conforto BMW, firme, a que a marca nos habitou há muito. O posto de condução está bem estruturado, levemente inclinado para o condutor, com os comandos em locais de acesso lógico e fácil. O comando do iDrive, com um botão e algumas teclas permite seleccionar música, navegar por GPS, obter informações técnicas e fazer mais um punhado de coisas, sem ser preciso desviar a atenção da estrada.

Há uns três ou quatro anos, a propósito de qualquer pequena inovação na carroçaria de um novo modelo que permitia poupar 1% ou 2% de combustível, um engenheiro da BMW disse que o futuro seria assim, feito de pequenos passos. E foi isso que a marca alemã pôs em prática, o que lhe permite um tão baixo nível de emissões de dióxido de carbono e um consumo de combustível tão diminuto para um motor com três litros de capacidade.

Tudo milagres da electrónica, a energia vital deste automóvel, que está presente praticamente em tudo, do aproveitamento de energia ao controlo de estabilidade e à tracção, do controlo de direcção à escolha da rigidez de suspensão, do controlo da caixa automática adaptativa de oito velocidades ao sistema automático de estacionamento e a muito, muito mais.

Em resumo, o novo BMW Série 5 é um novo desafio para os outros construtores, que agora só têm de colocar a sua própria fasquia ainda mais alta. E não temos dúvida de que alguns já estarão a tratar disso.

Fonte: Jornal I

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